Bebê Reborn: "Loucura" ou Hiperfoco Autista? - O Mundo Autista
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Bebê Reborn: “Loucura” ou Hiperfoco Autista?

Bebê Reborn: “Loucura” ou Hiperfoco Autista? Sophia e Selma Desafiam o Preconceito! é um vídeo do canal Mundo Autista, com lançamento em 27 de maio de 2025.

Bebê Reborn: "Loucura" ou Hiperfoco Autista? Sophia e Selma Desafiam o Preconceito! é um vídeo do canal Mundo Autista, com lançamento em 27 de maio de 2025.

Bebê Reborn: "Loucura" ou Hiperfoco Autista? Sophia e Selma Desafiam o Preconceito! é um vídeo do canal Mundo Autista, com lançamento em 27 de maio de 2025.

Bebê Reborn: “Loucura” ou Hiperfoco Autista? Sophia e Selma Desafiam o Preconceito! é um vídeo do canal Mundo Autista, com lançamento em 27 de maio de 2025. Em um bate-papo revelador, Sophia Mendonça e Selma Sueli Silva mergulham no universo das bonecas reborn e sua fascinante conexão com o espectro autista. Elas questionam o julgamento social e defendem a importância do lúdico como fonte de conforto, aprendizado, criatividade e bem-estar em todas as idades.

A conversa explora como o interesse por reborns pode ser um hiperfoco ou uma busca por conforto sensorial para pessoas autistas. A interação lúdica, inspirada até mesmo no escritor infantojuvenil Roald Dahl, enriquece a vida de adultos, trazendo leveza e afeto. O debate se aprofunda em uma crítica à patologização de interesses, convidando a todos a resgatar a criança interior e valorizar o brincar como “a coisa mais séria” para o desenvolvimento e a felicidade.

Autismo e Bebês Reborn: Uma Conexão Afetiva e Lúdica

A discussão sobre o autismo e os bebês reborn revela pontos importantes. Existe uma tendência entre pessoas autistas a gostar de arte e de colecionar, muitas vezes relacionada a comportamentos restritos e repetitivos. As bonecas reborn, com sua beleza e maciez, evocam memórias afetivas positivas, remetendo à inocência dos bebês. Não é à toa que muitas pessoas, incluindo eu mesma, se sentem atraídas por colecioná-las.

Também compartilhei a minha experiência pessoal com a bebê reborn, que adquiri recentemente. Dessa forma, destaquei que o interesse não se limita a brincadeiras “sem noção”, mas reflete um anseio por reconectar-se com o lado lúdico, muitas vezes esquecido na vida adulta. Afinal, a ludicidade não é exclusiva da infância; ela se manifesta no prazer e na diversão que podemos encontrar em diversas atividades, independentemente da idade.

Desafiando o Julgamento e Abraçando a Criatividade

Minha mãe, Selma, relata sua descoberta sobre os bebês reborn, um presente inusitado de Sophia para o Dia das Mães que a faria “virar avó”. Essa experiência a levou a adotar uma estratégia valiosa que costuma usar para lidar com a rigidez de seu próprio cérebro: sempre levantar a hipótese de que há algo que ela não está vendo. Essa abordagem ampliou sua mente e a ajudou a evitar julgamentos precipitados.

Assim, Selma critica a tendência de patologizar interesses, como o envolvimento com as bonecas reborn. Embora admita que alguns casos possam ser excessivos ou requerer acompanhamento psiquiátrico, ela enfatiza que a maioria não se enquadra nessa categoria. Então, é essencial diferenciar o que é uma brincadeira saudável e prazerosa do que pode ser um comportamento disfuncional.

O Poder do Brincar: Aprendizado e Expressão Criadora

A importância do brincar e da expressão criativa é reforçada pela parceria de Sophia Mendonça com a saudosa Raquel Romano, com quem escreveu o livro “Expressão Criadora”. Elas exploraram como o envolvimento emocional e a diversão facilitam o aprendizado, tornando-o mais leve, prazeroso e eficaz. Afinal, por que não usar o lúdico para explorar novos campos e aprender coisas novas, independentemente da idade ou de ser autista?

Para quem não pode ter filhos, por exemplo, ter uma boneca pode ser uma forma de mimetizar a experiência da maternidade, ainda que de forma diferente da realidade. A discussão se estende ao papel do brincar na vida adulta. Terapeutas ocupacionais especializados no desenvolvimento infantil frequentemente comparam o brincar da criança ao trabalhar do adulto, mas ressaltam que o adulto também precisa brincar. Portanto, o brincar é fundamental para o desenvolvimento e a felicidade, e negá-lo às crianças, trocando-o por uma série de tarefas, prejudica a formação do adulto que elas se tornarão.

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Bebê Reborn: “Loucura” ou Hiperfoco Autista? Sophia e Selma Desafiam o Preconceito!

Autoras

Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.

Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça.

Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e conta sobre o autismo, quem procura acha

Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG), ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. É membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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