Inclusão, amor e diversidade foi o que tivemos por aqui na Semana das Mães típicas e atípicas. Fácil? Não, mas com muito amor!
Longe sim, separadas? Nunca!
A relação entre mim e minha filha autista sempre foi de esperança. Nossas vivências, plenas de desafios, eram, por isso mesmo, potencialmente, plenas de vitórias. Essa foi a nossa escolha desde antes do diagnóstico dela, aos 11 anos. Se não era fácil, se por vezes, desejávamos sequer existir, essa era a nossa vida real. Portanto, tínhamos de ser felizes ao custo que fosse. Porque viver infeliz, somente na lamentação, ninguém merece.
Desse modo, nos tornamos tão unidas que, recentemente, percebi que a modo de Gonzaguinha, “não dá mais pra segurar, explode coração.” Sophia agora, está morando sozinha. Isso mesmo. Chega uma idade que “Proteção desprotege e carinho demais faz arrepender.”, cantava Erasmo Carlos. Eu assinei embaixo e saí de casa.
Os curiosos vão querer saber. Mas não seria a filha a sair de casa? Claro que não. Minha mãezinha está com 80 anos e eu retornei aos braços da matriarca, numa deliciosa convivência de parceria. Pois é assim: mãe sempre será o nosso porto seguro.
Inclusão, amor e diversidade no Dia das Mães
Enquanto isso, na casa da Matriarca, nosso dia foi de paz! Minha outra irmã e meu sobrinho Renan não estavam presente. Sol está morando em outro estado.
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Texto de Selma Sueli Silva, autista e mãe de autista.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.