Qual a importância do ativismo, você já se perguntou alguma vez? Primeiro, é bom entender o conceito de ativismo. O objetivo é transformar a realidade por meio da ação prática. Ou seja, é a argumentação que prioriza a prática efetiva de transformação da realidade em oposição à atividade puramente teórica.
Diferença entre militância e ativismo
A maior diferença entre militância e ativismo é que o primeiro tende a ser um ato realizado em grupo, valorizando a centralização e a disciplina. Já o incentiva a autonomia do indivíduo para defender uma causa.
O ativismo e o casaco de vison
Vison é o nome comum de várias espécies de mamíferos mustelídeos do gênero Mustela, especialmente a Mustela vison. Elas se assemelham às doninhas da América do Norte. Além disso, elas tem hábitos semi-aquáticos e pelagem macia e viçosa. Esses animais têm sido mantidos em cativeiro, alimentando o mercado de peles e o mundo da moda.
Porém, os ativistas pelos direitos animais têm lutado contra a produção de peles. Afinal, estão por detrás dessa produção, a caça, a morte agonizante, confinamento, maus tratos e crueldade, com esses animais. Depois de anos de campanhas, alguns governos, como o da Inglaterra, tomaram medidas proibitivas para a restrição de produção de peles. Contudo, a prática continua ao redor do planeta.
Ainda assim, foi a ação dos ativistas que evidenciou a crueldade com esses animais. Uma crueldade para que madames ostentassem toda a sua riqueza usando o famoso “casaco de vison”. Com o ativismo, percebeu-se que antes de glamuroso, exibir-se com o casaco de vison, é tão cruel quanto patético. Os preços da peça variam de 2 mil reais a mais de 100 mil reais. Mas cada peça traz em si o histórico de extrema tortura e crueldade. Pensem bem, mesmo que não se matasse os bichinhos, seria, no mínimo, colocá-lo pelado para enfrentar o inverno rigoroso. E para quê? Para que o ser humano coloque a peça sobre a sua própria pele.
Qual a importância do ativismo, portanto
Volta e meia é necessário que ativistas entrem em cena para despertar a sociedade. É preciso entender o quanto é patético e cruel certos caminhos defendidos como aceitáveis e comuns. Por exemplo, a escravidão, a posição da mulher na sociedade e na política. Também, o preconceito e discriminação racial, a segregação de seres humanos pela orientação sexual, identidade de gênero, diversidade e diferenças,. Além claro, de maus tratos a animais, intolerância religiosa, etarismo, comportamentos ultrajantes que alguns países cometem contra as mulheres. E até mesmo, a valorização do status e poder para que uma minoria permaneça acima do bem e do mal, entre outros.
Afinal, toda vez que a dignidade da vida for ameaçada é preciso que nosso sistema de alerta seja ligado. Após isso, mãos às obras. Temos toda uma sociedade para transformar!
Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG), ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores 2022, na categoria PcD. É membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.