Malévola subverte vários paradigmas dos contos de fadas da Disney com genialidade. Desse modo, reverte a imagem da bruxa gratuitamente má de A Bela Adormecida. Aliás, o trunfo da Disney neste filme foi contar a história de uma fada bondosa que, de repente, entrega o coração à mágoa e à raiva. Este é um acerto porque ao explicar os motivos, o que se vê na tela dialoga com a vivência de muitas mulheres.
Qual é a fraqueza de Malévola?
Assim, de um momento para o outro, sente-se afeição por uma figura aterrorizante. E testemunha-se Angelina Jolie a percorrer com sabedoria e atenção todo esse arco dramático repleto de nuances. Aliás, ela está bem acompanhada pela adorável Elle Fanning como Aurora e Sharito Coplety, em um desempenho vilanesco intenso.
Aliás, a complexidade do filme se aprofunda ainda mais pela sensação de estar revendo um lugar muito conhecido. Afinal, a construção deste universo mágico por meio de uma competente direção de arte e trabalhos impressionantes de figurino e maquiagem, contribui para o envolvimento do espectador. Neste sentido, a bela trilha sonora assinada por James Newton Howard também é fundamental.
Qual é a história de Malévola?
Além de todas essas qualidades, o diretor Robert Stromberg acerta no ritmo e na emotividade sem deixar que a trama se exceda nas cenas de luta. Já a mensagem feminista, em um universo por tanto tempo dominado por estereótipos e crenças machistas, é a cereja do bolo desta obra-prima. Aliás, o longa-metragem encontra-se disponível na Disney+.
Avaliação
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Autora da Crítica
Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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