Maxxxine (2024) é o terceiro filme da trilogia de terror estrelada por Mia Goth e escrita por Ti West. Aliás, a série teve início com X – A Marca da Morte (2022). Eu adoro os filmes anteriores pela maneira como eles misturam elementos do terror slasher com reflexões sociais. Assim, abordam temas como religião e maternidade.
Maxxxine é o terceiro filme da trilogia iniciada com X – A Marca da Morte
O novo complemento da franquia tenta seguir essa mesma linha. Isso porque Maxxine tenta discutir temas como o universo das celebridades, a criação cinematográfica e a perseguição às artes. O problema é que, dessa vez, o longa-metragem se perde na própria busca por complexidade.
A experiência, dessa forma, torna-se confusa e sem emoção. Afinal, a impressão que se tem é a de uma série de sequências sem muito nexo ou amarração. Com um maior orçamento neste terceiro capítulo, também sobram personagens coadjuvantes que acrescentam pouco à trama.
Ti West e Mia Goth decepcionam em Maxxxine
Tudo isso revela-se lamentável, porque o filme tinha potencial. Além do conjunto de temas e de talentos envolvidos, há toda uma atmosfera dos anos 1980, que é quando se passa a história. Mas, apesar de tecnicamente bem-feita, essa recriação não é suficiente para levar a história a algum lugar. E nem Mia Goth, que havia brilhado tanto em Pearl (2023), o mais fascinante dos três, consegue melhorar o resultado inócuo e cansativo de Maxxxine.
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Avaliação
Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.
Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.