Arte e entretenimento

Crítica: Mansão Mal-Assombrada (2003)

Enquanto me preparava para conferir a nova comédia de horror da Disney Mansão Mal-Assombrada (2023), resolvi assistir à primeira versão da obra. Isso porque o novo lançamento nos cinemas é, na realidade, um remake do filme de 2003, que trazia Eddie Murphy no papel principal. Assim, Mansão Mal-Assombrada (2003) é uma adaptação de um brinquedo de parque temático da Disney. Com isso, tenta adaptar para a vivência cinematográfica a experiência sensorial de uma atração que faz muito sucesso. Esta é uma ideia que me agrada, inclusive porque eu adoro obras que sabem misturar humor e terror. Além disso, não deixa de ser interessante que o filme tente explorar essas sensações em uma produção que se volta principalmente a crianças pequenas.

Eddie Murphy é o protagonista do primeiro Mansão Mal-Assombrada (2003)

Jiim Evers (Eddie Murphy) é um corretor imobiliário que trabalha compulsivamente. Dessa forma, ele está sempre disposto a sacrificar o lazer para fazer um bom negócio. Então, o homem chega atrasado em casa no dia do aniversário de casamento com Sarah (Marsha Thomason), que também é corretora, mas não age como o marido. Isso porque ele estava fechando a venda de um imóvel. E para compensar o erro, Jim propõe uma viagem familiar. Acontece que o passeio logo se torna um negócio promissor, quando eles se percebem em uma mansão luxuosa. Porém, eles acabam tendo que dormir no local em função de um enorme temporal. Com isso, acabam descobrindo segredos e mistérios que permeiam o lugar.

Claro que, por ser um longa-metragem que se baseia em um cenáŕio real, a direção de arte se mostra um dos aspectos-chaves da produção. Afinal, é ela que confere alguma novidade em meio aos clichês artificiais que perpassam pelas relações entre os personagens. Além disso, há inspiração no cinema de terror B que fez muito sucesso por volta dos anos 1950 e 1960.

Filme com inspiração em brinquedo é comédia de terror infantilizada

Assim, Mansão Mal-Assombrada (2003) oferece várias convenções de filmes com esta temática. Porém, dessa vez, a casa que serviria de pano de fundo acaba se revelando a atração principal. No mais, apesar da participação interessante de Terence Stamp como o mordomo, a obra não tem muito mais a oferecer do que uma história infantilizada e moderadamente divertida de fantasmas.

Avaliação

Avaliação: 3 de 5.

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

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