Arte e entretenimento

Crítica: Dezesseis Facadas (2023)

Eu adorei o filme “Dezesseis Facadas” (2023, Amazon Prime Video) porque ele é um híbrido de muitas coisas que eu aprecio no cinema. Ou seja, é um longa-metragem que mistura comédia dramática adolescente ao estilo colegial, terror e suspense para jovens e até viagem no tempo.

Dezesseis Facadas mistura terror, comédia e até viagem no tempo

Essa mistura de elementos na tela se concretiza por diálogos inteligentes e algumas boas sacadas do roteiro ao dialogar ideias que geralmente não vemos juntas no mesmo filme. Um exemplo disso está na maneira como a personagem principal percebe a mãe durante a própria jornada. Além disso, a protagonista Kiernan Shipka (“O Mundo Sombrio de Sabrina”) transita muito bem entre as mudanças de tom da narrativa, o que não é uma habilidade comum e se revela crucial para o sucesso da produção.

Assim, apesar de não ser tão surpreendente, Dezesseis Facadas tem algumas das qualidades dos melhores filmes de terror slasher, que é aquele subgênero no qual assassinos mascarados perseguem um grupo de adolescentes. Isso porque penso que os melhores slashers são os que conseguem repetir a velha cartilha do estilo e, ao mesmo tempo, entregá-la em uma nova roupagem.

Filme tem como protagonista atriz de O Mundo Sombrio de Sabrina

Por exemplo, a cinessérie “Pânico” (1996-2023) tornou-se responsável pelo ressurgimento e imortalização desse tipo de filme ao empregar as mesmas convenções e arquétipos sempre de um jeito novo. Além disso, um dos aspectos da subversão que a obra dos anos 1990 trazia estava na mistura de toques cômicos, referências a outras produções famosas e uma trama de suspense muito bem desenvolvida. Tudo isso se aliava na construção de um clima de terror envolvente e divertido. Essas características também estão presentes no longa-metragem de 2023, ainda que em menor escala de impacto.

Avaliação

Avaliação: 3.5 de 5.

Autora

Sophia Mendonça é uma jornalista, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+

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