As Escolhas do Amor, a recente comédia romãntica da Netflix, tem como atrativo utilizar de um recurso muito promissor e ainda pouco explorado em filmes. Ou seja, trata-se de um longa-metragem interativo. Portanto, os espectadores podem fazer escolhas que definirão os rumos da história.
Essa ideia parece especialmente instigante por se aplicar a uma comédia romântica. Isso porque filmes assim buscam abordar com humor e doçura anseios que são universais. Assim, torna-se possível a criação de situações inusitadas que brinquem com as possibilidades que o gênero oferece.
A história de As Escolhas do Amor, filme interativo da Netflix
A protagonista de As Escolhas do Amor, Cami Conway, tem a vida ideal. Afinal, além do trabalho perfeito, ela tem planos de se casar com o namorado Paul e ter filhos em breve. Mesmo assim, com tudo no lugar, alguma coisa a faz sentir que tem algo faltando.
Então, Cami se vê em um caleidoscópio de escolhas desafiadoras. Porém, os espectadores podem ajudar na tomada de decisão. Assim, a ideia é o que o público emerja nessa trama com um protagonismo similar ao dela.
Filme não consegue explorar com eficiência a premissa
Porém, na prática, As Escolhas do Amor não consegue se estabelecer como mais que uma brincadeira curiosa e nem sempre interessante. Afinal, a obra se parece muito mais com uma compilação de conteúdo extra, do tipo aquelas cenas deletadas, do que um filme capaz de despertar a atenção de quem acompanha. Isso ocorre pela falta de cuidado com um aspecto básico das comédias românticas, que é desde a elaboração de personagens carismáticos.
Dessa forma, sem nos importarmos com as figuras na tela, fica difícil se envolver com o que acontece na tela ou até desejar ou imaginar que aquilo poderia ser diferente. E até atores simpáticos, como Avan Jogia, pouco oferecem para conferir mais vida à produção. Aliás, o mesmo se aplica ao apuro na criação de momentos engraçados ou românticos.
Avaliação
Autora da Crítica
Sophia Mendonça é uma influenciadora, escritora e desenvolvedora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Eu simplesmente amei o Filme interativo e eu vou adorar se tiver a continuação