O peso do autismo nível 1 de suporte acontece quando, a pessoa que se enquadra no autismo nível 1 de suporte parece, aos olhos dos demais, ser “menos autista” que os outros. Isso não existe. Autismo é autismo. Aliás, estar dentro do transtorno do espectro do autismo, TEA, significa precisar de mais ou menos suporte no dia a dia.
Assim, temos o autismo classificado em três níveis:
- * Nível 1: popularmente conhecido como “leve”, quando o indivíduo precisa de pouco suporte,
- * Nível 2: o nível “moderado”, cujo grau de suporte necessário é razoável e,
- * Nível 3: conhecido como autismo severo, quando o indivíduo necessita de muito suporte.
O autista nível 1 de suporte costuma ser invalidado em suas limitações. Dessa forma, eles são cobrados e precisam provar, a todo momento, que suas necessidades de apoio precisam ser legitimadas. Esse é, sem dúvida, o peso do autismo nível 1 de suporte.
Uma vez autista nível 1 de suporte, sempre autista nível 1
Durante uma reunião de trabalho, uma mulher autista, de 55 anos, escreveu para nosso site muito chateada. Ela narrou que a reunião era com quase 20 participantes, a maioria desconhecida. Desse modo, ela se sentiu muito estranha, como se não estivesse em seu corpo durante toda a manhã, enquanto durou a reunião. Entretanto, ela conseguiu se sair bem. Mas ao voltar para casa, permaneceu 3 dias se sentindo exausta.
Esse é um bom exemplo do que pode acontecer com a pessoa com peso do autismo nível 1 de suporte. Certamente, não houve a antecipação de onde seria a reunião, quantas pessoas participariam e como seria a contribuição de cada uma delas. Por isso, embora conseguisse participar, nossa leitora teve o que a psicóloga descreveu de despersonificação, que é um tipo de distúrbio da saúde mental em que a pessoa se sente constantemente desconectado de seu corpo e de seus pensamentos.
Ou seja, o transtorno de despersonalização é caracterizado por uma sensação persistente ou recorrente de desligamento do próprio corpo ou dos próprios processos mentais, como se a pessoa fosse um observador externo da sua vida (despersonalização) e/ou por uma sensação de desligamento do ambiente em que se encontra (desrealização). Mas é preciso entender que tal transtorno em nossa leitora e em muitos autistas com nível 1 de suporte acontece como uma defesa do cérebro. Em outras palavras, é como se a mente tentasse tirar a pessoa daquela situação incômoda.
Você acha complicado?
Imagina para o autista adulto que convive com isso e muito mais em seu dia a dia, quando o ambiente não oferece a ele, as condições adequadas para um suporte que o inclua, necessariamente, de maneira efetiva e assertiva. Haja crise de exaustão social!
Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG), ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. É membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Acabei de receber o diagnóstico de autismo do meu esposo aos 62 anos de idade. Preciso aprender muitas coisas pra ajudar- nos.
Olá, conte com a gente. Se quiser conhecer nossos livros é só enviar um whatsapp que podemos conversar sobre eles. #1 9 88966412.
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Tenho 39 anos anos e sempre fui “diferente”. Já me falaram e desconfio fortemente que sou autista. Como faço para saber?
O autoconhecimento é importante e um direito seu. Portanto, procure um psiquiatra ou neuropsicóloga que entenda do assunto para uma consulta.
Por enquanto só fiz os testes todos deram 80% autista nível 1 mas eu tenho 55 anos mas sem a vida sendo jogada para lá e para cá e julgada Porque tem uma irmã terapeuta psicóloga que colocou um monte de rótulos em vez de transtorno de personalidade bipolaridade anorexia bulimia isso Acabou com meu casamento o respeito das pessoas para comigo sou uma pessoa profissionalmente muito conceituada mas muito jogada pela família e acho que eu estou numa profunda depressão por isso me enganarem tiraram tudo de mim pela minha agilidade assinei papéis aonde eu perdi todo o meu dinheiro e é muito bom compartilhar isso com alguém porque é muito complicado tudo isso às vezes sinto vontade de sumir tô cansada desses rótulos e do julgamento o fato de você ser diferente acaba dando a oportunidade de todo mundo te humilhar te julgar e desvalorizar desacreditar
Sílvia, respire fundo. A única pessoa que deve te interessar agora, por enquanto, é com vc mesma. O que os outros dizem de vc é problema deles. O importante é vc se autoconhecer para otimizar suas habilidades e trabalhar suas limitações com o acompanhamento profissional necessário. Cuide de sua independência financeira e fique atenta ao trabalho. Grande abraço,
Procure um advogado, nenhum familiar pode retirar sua autonomia financeira sem antes passar por um juiz
Me chamo Gabriela Toledo, tenho 25 e fui diagnosticada com TEA, nível 1 de suporte, e me sinto constantemente em negação, sinto que sou diferente sim porém tudo que eu fiz nos teste com minha antiga terapeuta e e teste de família também deu nitidamente que tenho austimo mas gostaria de suporte para entender tenho medo de falar para alguns familiares porém que sei que serei julgada eu não gosto de contato físico com as pessoas até mesmo os mais próximos muitas coisas está me deixando mal e eu tenho TDAH e estou com depressão e tentei me suicidar várias vezes sinto que ninguém me entende e que se eu falar eles não vão gostar de mim fiz um curso para aprender a lidar com pessoas e isso me ajudou porém sinto vontade as vezes de surtar, mas tenho medo disso não ser muito bom, as vezes tenho vontade de gritar e me bater do nada e eu tenho também epilepsia. Eu queria me entender melhor e sinto que preciso de uma ajuda mas não sei por onde começar e nem como recorrer a essa ajuda
Gabriela: vc precisa de um psicólogo de confiança. A gente evolui e se conhece com a terapia. Não deixe de procurar ajuda.
Oi gabriela! Tenho 22 anos e recebi meu diagnóstico de autismo hoje. Entendo muito bem tudo o que vc relatou, como se sentir diferente e a repulsa por contato físico. A minha vida inteira fui chamada de estranha e esquisita por ser diferente, mas hoje, com esse diagnóstico, finalmente me sinto livre pra ser quem eu realmente sou. Não tem nada de errado em vc ser autista, essa é uma característica como a cor dos olhos ou a cor do cabelo, porém procure um acompanhamento para entender melhor os seus sentimentos em relação a você e a sua família. Você não está sozinha. Abraços.
Fiz os testes e tenho TEA nível 1 e TDAH. Essa exaustão com reuniões de trabalho com muita gente, ainda mais quando temos papel importante nessa apresentação da informação é bem real. Eu tenho isso muito e achava que era uma fobia social, medo de falar em público, mas agora já sei que faz parte da minha condição neuroatípica.
Eu tenho despersonalização demais. Sofro muito com isso. Estou senvo avaliado, e ao que tudo indica, tenho autismo nível 1.