“Cada um tem a Gêmea que Merece” é mais uma comédia de Adam Sandler, que apesar de ser um bom ator direcionou o foco para papéis cômicos muitas vezes detestáveis. Aqui, ele interpreta os gêmeos Jack e Jill. Ou seja, sem inspiração para compor Jack, que surge como uma variação sem graça de outros personagens interpretados pelo ator, ele tinha no papel da falante Jill a chance de surpreender e inovar. Porém, a tentativa de boa atuação acaba ofuscada pelos problemas da obra.
Filme com Al Pacino traz Adam Sandler no papel de gêmeos
Jack é um publicitário que recebe a visita da irmã gêmea dele, Jill, que não suporta. Porém, o homem vê na irmã a chance de conseguir um comercial com ninguém menos que Al Pacino, que interpreta a si mesmo no filme. Então, a tentativa de humor vem quando o astro veterano se apaixona pela gêmea de Jack.
Assim, fica difícil não se perguntar o que Al Pacino está fazendo nesse filme. E não é que atores renomados não possam brincar com a própria imagem. Até porque credibilidade para isso ele tem de sobra. Acontece que o roteiro dá justifcativas preguiçosas para o desenvolvimento do romance e torna-se, sobretudo, sem graça.
Cada um tem a Gêmea que Merece é engraçado?
Dessa forma, a impressão que fica é que os personagens são meros fantoches dos roteiristas que os manipulam sem se preocupar com a coerência ou explorar mais a fundo cada subtrama criada. Para piorar, “Cada um tem a Gêmea que Merece” descarta até as oportunidades de criar alguma situação engraçadas. Um exemplo disso é quando Jack se passa pela irmã. Some-se isso a direção pasteurizada de Dennis Dugan, que é um parceiro habitual de Adam Sandler, e temos como resultado uma comédia cansativa e sem energia.
Avaliação
Autora da Crítica
Sophia Mendonça é uma influenciadora, escritora e desenvolvedora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Crítica exata. Eu fico me perguntando: Porque Al Pacino participou deste filme ? Tudo no filme é sem graça, sem inspiração.