Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo - O Mundo Autista
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Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Cena do filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, com Michelle Yeoh.

Atriz veterana é a âncora do multiverso de Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, filme que transita de reflexões existenciais a análises cotidianas.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo é uma viagem filosófica e sensorial por um multiverso. Dessa forma, os cineastas Daniel Kwan e Daniel Scheinert conseguem transitar de reflexões existenciais a análises cotidianas. Além disso, Michelle Yeoh oferece uma atuação virtuosa no papel de uma cansada proprietária de lavanderia.

Multiverso é o centro de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Aliás, a atriz consagrou-se vencedora do prêmio de melhor atuação feminina em filme de comédia ou musical no último Globo de Ouro. Inclusive, este é um reconhecimento merecido em Hollywood para uma veterana da indústria que nem sempre tem a possibilidade de exibir em profundidade todos os seus dons artísticos. Esta observação, por sinal, estende-se a Jamie Lee Curtis, que aqui vive uma auditora.

Em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, o ritmo vertiginoso do editor Paul Rogers combina com o diálogo frenético do roteiro. Assim, há camadas de universos que se misturam enquanto impulsionam a jornada interna da protagonista. Ou seja, cortes combinados conectam perfeitamente os universos. Enquanto isso, cortes lúdicos enfatizam o humor no centro do filme, no qual cada universo tem característica e referências próprias.

Atrizes são o pilar de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Porém, mesmo com todas qualidades artísticas e um elenco maravilhosamente afinado, é Michelle Yeoh quem revela-se a âncora do filme. Afinal, o papel permite que ela mostre uma ampla gama de talentos como artista. Tais qualidades vão desde as habilidades em artes marciais até a aptidão para o humor. E passam, principalmente, pela capacidade de escavar profundidades infinitas de rica emoção humana apenas com um olhar ou uma reação.

Já a personagem de Stephanie Hsu representa uma crescente divisão geracional. Afinal, ela carrega o peso do relacionamento fraturado da mãe com o avô e as decepções de um sonho americano não alcançado. No entanto, se o vazio surge da composição do trauma geracional, os cineastas propõem que ele pode ser revertido por meio do amor incondicional transmitido por essas mesmas gerações. Isso, se escolhermos compaixão e compreensão em vez de julgamento e rejeição.

Avaliação

Avaliação: 4.5 de 5.

Trailer

Trailer do filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Nathalie
Nathalie
1 ano atrás

Adorei a recomendação, irei assistir! Adoro as suas postagens, Sophia! Muito obrigada