Sexualidade e Autismo - O Mundo Autista
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Sexualidade e Autismo

Sophia Mendonça fala sobre sexualidade e autismo em entrevista. Ela também critica o tratamento diferente para homens e mulheres autistas.

Sophia Mendonça fala sobre sexualidade e autismo em entrevista. Ela também critica o tratamento diferente para homens e mulheres autistas.

A pesquisadora, escritora e influenciadora digital Sophia Mendonça (Mundo Autista) discutiu acerca de sexualidade e autismo. Com isso, abordou também temas como a performance de gênero em pessoas autistas. “Eu penso que falar sobre sexualidade de pessoas com deficiência primeiro humaniza a pessoa de modo que a gente perceba que ela não é diferente na sua essência humana do que qualquer outra pessoa”, revelou Sophia em entrevista ao Portal Colab.

Sophia Mendonça fala sobre sexualidade e autismo em entrevista

Assim, para Sophia Mendonça, “quando a pessoa se casa e tem filhos, por exemplo, a gente enxerga isso como uma trajetória bem sucedida, do ponto de vista da sexualidade e da sociedade, e muitas vezes, nesses casos, o diagnóstico do autismo é até invalidado. É como se essa pessoa não pudesse ser autista porque ela conseguiu sucesso em uma determinada área”.

Dessa forma, a influenciadora defendeu que debater sobre sexualidade, principalmente nos espaços digitais, é necessário e urgente. Além disso, é um caminho para que todos entendam a pluralidade de corpos e relações. “A sexualidade tem papel muito decisivo na vida das pessoas e a maneira como ela lida com isso pode gerar impactos mais sérios, principalmente no caso de uma pessoa com deficiência que já tem outras questões, outros desafios que vão complexificar essa situação”, contou a jornalista e desenvolvedora.

Homens e mulheres recebem tratamento diferente quando se trata de sexualidade e autismo

Sophia Mendonça fala sobre sexualidade e autismo em entrevista. Ela também critica o tratamento diferente para homens e mulheres autistas.

Além disso, Sophia Mendonça critica a maneira diferente como mulheres autistas são tratadas em relação aos homens autistas, seguindo uma lógica de performance de gênero. “No caso da menina, por exemplo, eu ainda vejo que tem pouca coisa falando sobre os relacionamentos abusivos aos quais elas estão sujeitas. E no caso da mulher autista é também bastante desafiador, muito em função dessa educação que recebemos como mulheres, além da autoestima da mulher ser prejudicada”, explica a pesquisadora.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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