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O autismo em meninos e meninas.

Foto de crianças vistas de cima. Autismo em meninos e meninas.

Site: https://www.spectrumnews.org/ ozgurcankaya / iStock

O autismo em meninos e meninas. Aliás, a proporção pode não ser de 4 meninos para cada menina. Ou seja, o autismo pode ocorrer com a mesma frequência em meninas e meninos. Um estudo vindo da Pensilvania, ajustou ferramentas clínicas comuns para chegar a essa conclusão. Além disso, ele rastreou bebês com histórico familiar do autismo por um período de mais de cinco anos.

Equipe responsável pelo novo estudo sobre o autismo em meninos e meninas

A equipe por trás do novo estudo avaliou por exemplo, as ferramentas, comumente usadas para medir os traços do autismo e capturam as trajetórias de meninos e meninas de maneira diferente. Assim, depois de ajustar esses vieses relativos ao sexo em suas medições, eles conseguiram identificar, aproximadamente, a mesma porcentagem de meninos e meninas autistas.

Desse modo, o trabalho facilitaria para os médicos, a identificação mais precisa de meninas autistas. Ou seja, eles examinariam como os traços do autismo se desenvolvem ao longo do tempo. Essa é a conclusão da pesquisadora do estudo Catherine Burrows. Ela é professora assistente de pediatria da Universidade de Minnesota, em Minneapolis.

Portanto, ao rastrear as crianças ao longo de vários períodos de tempo e continuar a avaliá-las, os pesquisadores identificaram e diagnosticaram mais meninas. Entretanto, de outra forma, elas passariam despercebidas.

Metodologia para a pesquisa do autismo em meninos e meninas

Burrows e seus colegas estudaram 377 crianças. Todas tinham um irmão mais velho com autismo. Certamente, para os estudos, esses “irmãos bebês” têm uma probabilidade elevada de serem diagnosticados autistas.

Cerca de 20%, em comparação com 1 a 2% na população, em geral.

Os pesquisadores avaliaram as crianças, entre as idades de 6 meses e 5 anos. Eles diagnosticaram 86 dos irmãos bebês com autismo aos 2 anos:

20 deles eram meninas, tornando a proporção entre os sexos um pouco mais de 3 para 1, em relação a outros estudos de irmãos bebês.

Os pesquisadores identificaram quais itens em cada ferramenta medem os principais traços de diagnóstico. Dessa forma, eles rastrearam mudanças nesses traços durante todo o período do estudo.

A descoberta

Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que iniciar a atenção conjunta é um indicador mais fraco de habilidades de comunicação social para meninas. Detectaram, ainda, que comportamentos estereotipados e repetitivos indicam, fortemente, uma pontuação alta na área de comportamentos restritos e repetitivos, também para as meninas. Portanto, para Burrows:

“Isso revela que, ao usarmos uma pontuação de soma que não leve em conta essas diferenças, podemos estar comparando maçãs com laranjas”.

Características podem mudar ao longo do tempo

Depois de contabilizar esses vieses de medição, os pesquisadores identificaram quatro subgrupos. Ou seja, faz diferença como os problemas de comunicação social das crianças ou comportamentos restritos e repetitivos mudaram ao longo do tempo.

Em cada grupo, a proporção entre os sexos era de quase 1 para 1.

O trabalho apareceu este mês na Biological Psychiatry.

Autismo em meninos e meninas, alguns preconceitos ainda persistem

Os irmãos bebês participantes não tinham diagnóstico. Dessa maneira, foi possível evitar alguns dos vieses de seleção masculinos, que podem ocorrer quando os pesquisadores recrutam crianças que já possuem diagnóstico. No entanto, para os pesquisadores, alguns preconceitos ainda permanecem. A razão é que eles são os irmãos mais novos de crianças autistas.

Contudo, Diana Schendel, professora e líder do Programa de Pesquisa de Fatores de Risco do Autismo Modificáveis ​​da Universidade Drexel, na Filadélfia, alerta:

“Está claro que, embora este seja um passo avançado, é apenas uma amostra”.

Rastrear traços ao longo do tempo é uma abordagem sensata para crianças com mais possibilidades de serem autistas. Especialmente, se uma visita clínica não for suficiente para o diagnóstico. É o que pensa Catherine Lord, professora de psiquiatria e educação da Universidade da Califórnia.

Traduzido do texto de PETER HESS

Para acessar o texto original:

CLIQUE AQUI

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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