Mudanças, estamos preparados? Há algum tempo, eu comecei a ouvir nos estudos do budismo que eu pratico que a gente estava diante de uma Nova Era. Aliás, mais ainda, o Século 21 é o século do humanismo. Assim, a gente tem que, necessariamente, rever muito dos nossos antigos os velhos comportamentos.
Momento de observar
Logo, como eu sou uma pessoa muito observadora, de lá pra cá, percebi várias evidências da seriedade desse vaticínio. Exemplos: a pandemia que nos afetou a todos, no mundo, de uma forma ou de outra. Depois de 2 anos de cabeçadas pros e contras, pensamos que poderíamos afrouxar os cuidados. Quanta arrogância. O vírus tomou fôlego e está voltando ao ataque e nós, à defesa. Sem chances de negociação. Como a nos mostrar que, em todo o mundo, não estamos no controle dos caminhos da humanidade em nenhum lugar do mundo.
Então, seria a pista para que nos repensássemos como seres humanos. De inferir que só temos um controle maior sobre nós mesmos e nossas ações. Principalmente, que nossas ações é que constroem a sociedade em suas humanidades. Ficaram para trás, portanto, as estratégias nacionais, pensadas por cabeças, teoricamente, privilegiadas. A ciência saiu de sua bolha para repensar sua acessibilidade e eficácia na diminuição das dores de toda a sociedade. Por outro lado, ficou evidente, também, a sua importância para todos nós. A verdade é que a ciência precisa (e deve) ser voltada para necessidade do ser humano.
Mudanças, estamos preparados?
Em meio a tudo isso, vivemos o final da Copa do Mundo. Brasil, Uruguai, Argentina, Holanda, Alemanha, Espanha? Não, já estamos na final e a Croácia eliminou o Brasil e Marrocos eliminou o Canadá nas oitavas de final.
Dessa forma, Marrocos fez a melhor campanha da história do futebol africano e foi a primeira equipe do continente a chegar na semifinal e à disputa do terceiro lugar do Mundial. Já a seleção croata já participou cinco vezes da Copa do Mundo, mas nunca levou a taça. Sua melhor colocação ocorreu em 2018 na última Copa, que aconteceu na Rússia. Disputaram com a França, mas perderam por 4 a 2 na final, no Estádio Luzhniki, em Moscou.
Assim, França e Argentina vão decidir a Copa do Mundo de 2022. A partida final do torneio no Catar acontece no próximo domingo, dia 18, as 12h (de Brasília). Marrocos e Croácia, portanto, decidem quem fica com o terceiro lugar, no sábado, às 12 horas, (Horário de Brasília).
Mudanças e nada mais
Tudo isso, nos convida a refletir: o que importa, de fato? É o gol? Ou é ganhar sempre, mesmo que ganhar feio, com placar de 1 a 0, mas ganhar. Perder mas jogar bem, faz sentido? A dancinha é importante? Dizem que é o que importa é o gol, aquilo dos resultados do 1 a 0. Nada disso, garante o resultado final. Mas a dancinha, a jinga brasileira vão colorir a vida.
Isso sim, é importante. Levar a vida com bom humor. Cada povo deve expressar seus costumes, suas diferenças e tudo que há de interessante nele. Assim como ninguém apostaria de cara, nos resultados conseguidos por Marrocos ou pela Croácia, grandes países que já participaram da Copa do Mundo, sequer existem, atualmente.
Desde a primeira edição do mundial em 1930, 80 países já se classificaram para a competição ao menos uma vez. Entretanto, com as mudanças geopolíticas dos últimos 92 anos, algumas dessas nações deixaram de existir ou, como no caso do Zaire (atual República Democrática do Congo), mudaram de nome: Iugoslávia (9 Copas), Tchecoslováquia (8 Copas),União Soviética (7 Copas), Alemanha Oriental (1 Copa), Índias Orientais Holandesas (1 Copa), Zaire (1 Copa),
Mudanças constantes, grandes ensinamentos
O cientista inglês Charles Darwin nos ensinou: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Dessa maneira, o darwinismo baseia-se na ideia de que os organismos mudam ao longo do tempo e que o meio, por ação da seleção natural, seleciona os organismos mais adaptados, os quais apresentam maior chance de deixar descendentes. Ou um legado à humanidade, não é mesmo? Mas… a nossa educação nos ensina que mudanças, para além de naturais, são necessárias?
Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora. É articulista na Revista Autismo (Canal Autismo) e Conselheira da Unesco Sost Transcriativa. Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+.
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