Crítica: Meninas Malvadas: O Musical (2024) - O Mundo Autista
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Crítica: Meninas Malvadas: O Musical (2024)

Meninas Malvadas: O Musical diverte mesmo sem originalidade. Roteiro de Meninas Malvadas continua genial vinte anos depois.

Eu amo “Meninas Malvadas” (2004) por considerá-lo um olhar sociológico deliciosamente divertido e chocantemente inteligente aos estereótipos do Ensino Médio. E, à medida que o tempo passa e novas gerações cinéfilas surgem, mais aclamado criticamente a obra se torna. Isso diz muito sobre a atemporalidade e esperteza do roteiro de Tina Fey para aquele longa-metragem, que se tornou um dos filmes adolescentes mais influentes e queridos desde os anos 2000.

Roteiro de Meninas Malvadas continua genial vinte anos depois

Agora, vinte anos depois, chega aos cinemas “Meninas Malvadas: O Musical” (2024). E em meio a tendência pós-moderna de refazer sucessos do cinema para mostrá-los sob outra perspectiva, a ideia deste novo filme parece um acerto. Afinal, vivemos um momento frágil para os musicais. Wonka (2023), por exemplo, teve que esconder esse gênero nos materiais de divulgação para evitar rejeições prévias. Nesse sentido, assim como na obra inspirada em livro de Roah Dahl, este longa-metragem se beneficia da força do material de origem para apresentar o gênero às novas gerações.

Assim, “Meninas Malvadas: O Musical” repete fielmente a estrutura e as ideias do roteiro do filme original, que revolucionou as obras de colegial nos anos 2000. Com isso, ele também mantém a esperteza, o senso crítico e o bom humor do longa-metragem de 2004. Some-se tudo aos números musicais deliciosos e muito bem incorporados à narrativa e a ideia do remake acaba se justificando.

Meninas Malvadas: O Musical diverte mesmo sem originalidade

Além disso, o elenco foi muito bem escolhido no que se refere à dinâmica musical e ao perfil dos personagens. Assim, se o filme não traz composições icônicas como as do original, ele ao menos chega perto disso, o que já é um feito impressionante. A exceção fica por conta de Angourious Rice no papel principal. É que, sem apresentar o mesmo dinamismo e a mesma habilidade em transitar pelas nuances e transformações que a protagonista passa que Lindsay Lohan tinha, ela acaba tirando boa parte da complexidade da personagem.

Avaliação

Avaliação: 3.5 de 5.
Autismo e mães narcisistas não é regra. Por que não devemos romantizar nem banalizar o papel de mãe? Texto de Sophia Mendonça.

Autora

Sophia Mendonça é uma jornalista, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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