Barbie, Saltburn e o aspecto provocativo da arte - O Mundo Autista
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Barbie, Saltburn e o aspecto provocativo da arte

Ataques a Barbie, Saltburn e o aspecto provocativo da arte são tema de análise sob argumentos e perspectivas na crítica de arte.

Ataques a Barbie, Saltburn e o aspecto provocativo da arte são tema de análise sob argumentos e perspectivas na crítica de arte.

Ataques a Barbie, Saltburn e o aspecto provocativo da arte são tema de análise sob argumentos e perspectivas na crítica de arte.

Hoje gostaria de compartilhar algumas reflexões sobre Barbie, Saltburn e o aspecto provocativo do cinema. Afinal, na arte não existe certo ou errado. E sim argumentos e perspectivas. Porém, certos vieses de interpretação não se sustentam.

O polêmico Saltburn, um filme do tipo “ame ou odeie”

Por exemplo, eu amei “Saltburn” e fiquei feliz em vê-lo entre os indicados do Critics Choice Awards e, também, entre melhores do ano da Isabela Boscov. Já o Pablo Villaça, que foi meu professor de crítica de cinema, colocou a obra entre os piores lançamentos de 2023. Assim, embora os argumentos da Isabela façam mais sentido para mim, ambos têm observações consistentes para defender os pontos de vista.

Este não é o caso de uma análise que vi que considerava o longa-metragem um dos piores filmes de todos os tempos, sob a argumentação de que associava psicopatia à homossexualidade. O que no faz nenhum sentido vindo de um filme escrito e dirigido por uma cineasta feminista e pró-LGBT, visto o papel da atriz trans Laverne Cox em “Bela Vingança“.

Ataques a Barbie, Saltburn e o aspecto provocativo da arte

Nesse contexto, ontem estava assistindo à live do Dalenogare sobre o Critics Choice Awards. É que adoro acompanhar as análises ponderadas e as observações sempre embasadas dele. Dito isso, confesso que não consegui acompanhar até o fim. E não por causa do Dale, sempre excelente, mas em função de alguns comentaristas no chat estarem atacando – e não criticando – o filme “Barbie“.

Claro que, por mais que eu considere Barbie um grande filme e haja um consenso entre especialistas de que trata-se de um feito importante para os cinemas, sei que o longa-metragem não é unanimidade nem mesmo entre colegas cinéfilos. Ainda bem, penso, porque de fato toda unanimidade é, ao menos, uma análise incompleta.

Mas, o que me incomodou desses comentaristas, que representavam parte da representação masculina no chat, é que eles não se preocupavam em tecer análises ou observações embasadas sobre a obra. O que eu percebia, na maior parte das vezes, eram afirmações categóricas e um tanto quanto agressivas sem, no entanto, apresentar argumentos que as justificassem.

Autismo e mães narcisistas não é regra. Por que não devemos romantizar nem banalizar o papel de mãe? Texto de Sophia Mendonça.

Autora

Sophia Mendonça é uma jornalista, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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