Arte e entretenimento

Hiperfoco, Cinderela e Humanismo

Hoje quis falar de meu hiperfoco, Cinderela e Humanismo. Portanto, escolhi o filme Para Sempre Cinderela para a minha coluna do Mundo Autista. Aqui falo sobre autismo, cinema e narrativas de vida.

Para Sempre Cinderela começa com uma senhora idosa propondo contar a sua própria narrativa do conto de fadas. A partir de então, o que vemos é uma obra surpreendente e autoral. Dessa forma, o filme revitaliza o clássico com energia e paixão.

Bagagem Impetuosa

Drew Barrymore no filme Para Sempre Cinderela, sobre Cinderela e Humanismo.

Por sinal, o filme se ancora no desempenho de Drew Barrymore. À época, a estrela se recuperava da imagem desgastada de atriz mirim envolvida em escândalos e usualmente interpretava papéis rebeldes. Desse modo, ela traz essa bagagem impetuosa para Danielle de Barbarac. Isso, sem perder de vista a ternura do papel. Não é difícil perceber pois, o motivo de esse ser um dos meus maiores hiperfocos. Cinderela e Humanismo caminham juntos na minha própria construção de narrativa de vida.

Cinderela e Humanismo

Anjelica Houston, sublime em Para Sempre Cinderela, evidencia o tom humanista

Aliás, todo o filme carrega uma dimensão humanista para a história. Desse modo, a baronesa Ludmilla de Ghent (Anjelica Houston) é cruel e manipuladora com a enteada. Mas também é capaz de evidenciar seu próprio trauma em relação ao casamento. E até mesmo preocupações maternais

no que se refere à enteada e às próprias filhas.

Inclusive, as irmãs são tratadas com um peso diferente pela mãe. Neste sentido, vale destacar que Jacqueline (Melanie Lynskey), mesmo maltratada, está longe de ser alguém egoísta ou capaz de prejudicar os outros. O legal é que Para Sempre Cinderela traz essa mesma complexidade ao romance.

Feminismo Moderno

Drew Barrymore e Dougray Scott como Cinderela e o Príncipe em Para Sempre Cinderela

Nesse meu hiperfoco, Cinderela e o Humanismo, percebo a complexidade de cada personagem e é isso o que me encanta. Desse modo, o roteiro trabalha a ideia de encontros coincidentes e informações atravessadas com nova roupagem. Logo, aproxima-se do feminismo moderno, muito mais que qualquer outra versão do conto. Essa afinidade com os ideais feministas, aliás, ocorre menos pelas situações e mais pela postura da protagonista. De maneira similar, Andy Tennant conduz o filme com um vigor impressionante. Desse modo, coroa uma obra profundamente doce e comovente, que vai do humor ao romance.

Avaliação

Avaliação: 5 de 5.

Texto da influenciadora e escritora Sophia Mendonça

Mundo Autista

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