O filósofo japonês Daisaku Ikeda morreu na noite de 15 de novembro, aos 95 anos, de causas naturais, em sua residência na cidade de Tóquio. Ele foi presidente da organização neobudista Soka Gakkai Internacional (SGI). Além disso, Ikeda tornou-se conhecido como prolífero autor de romances, ensaios e poemas sobre direitos humanos, paz, sociedade, juventude, preservação do meio ambiente, arte e cultura.
Então, dentre as principais publicações do escritor, estão as os romances “Revolução Humana”, “Nova Revolução Humana” e a coletânea de ensaios “Desafios de uma Nova Era de Paz. No Brasil, Ikeda ocupou, desde 1993, a cadeira de número 14 da Academia Brasileira de Letras (ABL) como sócio correspondente da instituição.
Seguindo o pesquisador Oliver Urbain (University of Southern California e University of Bradford), “Ikeda é, em um nível, líder de um movimento religioso, Soka Gakkai, que começou no Japão, onde mantém sua sede, e contabiliza doze milhões de adeptos em todo o mundo. Em outro nível, ele é uma figura global, cujas conversas com diversos escritores, pensadores e diplomatas, incluindo Arnold Toynbee, Joseph Rotblat e Mikhail Gorbatchev, lhe renderam um perfil internacional, bem como o reconhecimento acadêmico. Talvez, acima de tudo, Daisaku Ikeda seja visto como um defensor da Paz. Ele representa a contribuição específica para a Paz, por meio do diálogo”.
Ikeda desenvolveu um sistema de educação humanística. Em 1968, ele fundou em Tóquio, as Escolas Soka Second do ensino básico e superior. Já em 1971, Ikeda criou a Universidade Soka. Em 2001, fundou a Soka University of America. Além disso, o filósofo atuou como professor na Universidade Estadual de Moscou e na Universidade da Califórnia.
O pesquisador Jason Goulah (DePaul University) definiu Ikeda como quem refinou a filosofia de educação Soka proposta por Tsunessaburo Makiguchi. Segundo o estudioso, isso ocorreu por meio de uma “visão de mundo da resistência dialógica”. Em 1993, Ikeda recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A pesquisadora brasileira Sophia Mendonça (UFMG e Ufpel) considera que os ensinamentos de Ikeda transcendem a base religiosa e emergem aplicáveis a diversos povos e culturas. O escritor fundou instituições culturais como a Associação de Concertos Min-On e o Museu de Arte Fuji de Tóquio. Em Manaus, na Amazônia brasileira, implantou o Centro de Pesquisas e Estudos Ambientais, o Cepeam.
Daisaku Ikeda trabalhou para a normalização das relações sino-nipônicas nos anos 1960. Além disso, ele é membro honorário do Val de Bievres Photo Club. Também, o escritor é membro correspondente da Associação de Arte Austríaca e membro honorário da Sociedade de Fotografia de Singapura.
Você sabia que a música Firework, de Katy Perry, é um hino budista? Confira a…
Enfeitiçados parte de uma premissa inovadora e tematicamente relevante. O filme traz uma metáfora para…
Sophia Mendonça resenha o especial de Natal A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter, com esquetes…
O autismo na série Geek Girl, uma adaptação da Netflix para os livros de Holly…
Os Fantasmas Ainda se Divertem funciona bem como uma fan service ancorada na nostalgia relacionada…
Ainda Estou Aqui, com Fernanda Torres, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e está…