O Homem do Saco propõe que uma lenda feita para assustar crianças malcriadas pode não ser apenas uma fábula Porém, é genérico e incoerente.
No terror psicológico “O Homem do Saco”, Patrick McKee (Sam Claflin) enfrenta novamente o monstro de sua infância, uma criatura folclórica que no Brasil tem o nome do personagem-título. O vilão sequestra crianças para se alimentar de suas energias. Anos depois de sobreviver a esse trauma, McKee retorna à casa de infância com a família e enfrenta dificuldades financeiras. Sem contar, claro, a ameaça sobrenatural ressurgida.
O filme propõe que uma lenda feita para assustar crianças malcriadas pode não ser apenas uma fábula no fim das contas. Então, em “O Homem do Saco”, uma família vive um pesadelo após serem perseguidos por essa criatura mitológica maligna. Assim, Patrick McKee (Sam Claflin) acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake (Caréll Rhoden) e sua mulher Karina (Antonia Thomas). Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história desse monstro que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava.
Portanto, convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.
Tudo isso, mais algumas cenas em um consultório de psicologia, seria motivo para um suspense e horror que exibe a linha tênue entre o real e o imaginário; o que a sociedade considera mentalmente saudável ou insano. No entanto, aqui, tudo é muito genérico. Afinal, o roteiro é superficial e, em muitos momentos, incoerente.
Dessa forma, os elementos sombrios da trama são desperdiçados, assim como uma proposta interessante de abordar o amor paterno no cinema de terror. Para piorar, o diretor Colm McCarthy, de séries como “Doctor Who” e “Pearky Blinders”, conduz a trama sem vestígios de brilho ou energia.
Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.
Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça.
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