Arte e entretenimento

Crítica: Gran Turismo (2023)

Gran Turismo conta a história real de Jann Mardenborough, um jovem viciado no simulador de corrida que se torna piloto profissional.  Em Cardiff, ele enfrenta a incompreensão do pai, que prefere seu filho mais velho, um jogador de futebol. A grande virada acontece quando Jann participa de uma competição organizada pela Nissan, que transforma gamers em pilotos reais. 

Gran Turismo é um drama de esportes eletrizante e emocionante

O roteiro mistura a história de um azarão contra uma grande corporação, conflitos familiares, amizade e romance. Com direção de Neill Blomkamp, o longa-metragem combina cenas empolgantes de corrida com efeitos visuais impressionantes. E assim, destaca o contraste entre o mundo virtual e o real. Com isso, revela-se uma experiência eletrizante e cativante que transforma a vitória de Mardenborough em um épico cinematográfico. Some isso a cenas de corrida eletrizantes e Blomkamp consegue dar vida à história do protagonista. Assim, equilibra ação e emoção.

O que há de mais bonito em Gran Turismo, dessa forma, é não ceder às tragédias típicas de obras baseadas em fatos reais. O filme funciona, ao contrário, como uma história de superação. E nos leva a refletir sobre ética ao mostrar que não vale a pena fazer de tudo pela vitória.  Também, há a importância da família e do romance, além da música como relaxamento. A trama parece inverossímil, mas a aparição de fotos do verdadeiro Mardenborough no final reforça que essa jornada improvável realmente aconteceu. O que deixa o público surpreso e inspirado.

Orlando Bloom e David Harmour destacam-se em filme disponível no Prime Vìdeo

O elenco é liderado por Archie Madekwe, que traz vulnerabilidade ao protagonista, mas os destaques vão para David Harbour, como o treinador durão, e Orlando Bloom, como o executivo ambicioso. As transformações de ambos os personagens ao atuar na vida do piloto são o ponto alto da produção. Isso porque o treinador, que havia se tornado um ex-jogador amargurado, se renova com o contato do protagonista. Já o executivo de mente puramente capitalista se humaniza com a trajetória do garoto, ao atuar positivamente na transformação de vidas humanas.

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Avaliação

Avaliação: 4 de 5.

Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. É também especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG. Além disso, ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. E é membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022. Como crítica de cinema, é formada no curso “A Arte do Filme”, do professor Pablo VIllaça.

Mundo Autista

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