“Besouro Azul” é um filme de super herói genérico da DC. Esta produção também marca a estreia da famosa atriz brasileira Bruna Marquezine em Hollywood. Aliás, ela contracena com outros grandes atores latinos, como Adriana Barraza. Dessa forma, o filme busca quebrar uma carreira cultural ao conferir protagonismo a personagens latinos em uma produção desse gênero e porte.
Assim, trata-se de uma produção mais colorida e menos séria do que costumamos ver nas obras da Marvel e da DC. Há até doses de um humor simpático, com referência a telenovelas mexicanas, que levam a plateia a esboçar sorrisos. Porém, o filme não aproveita nenhuma oportunidade de subversão ou recriação de fórmulas já muito clichê desde os primeiros “Homem-Aranha”, nos anos 2000. Com isso, apesar do ritmo inicialmente agradável, ele vai culminando em situações bobinhas e cenas de ação sem muita graça ou identidade. E o problema se agrava quando até as próprias piadas começam a ser recicladas. Dessa forma, o longa-metragem revela-se repetitivo e maçante.
“Besouro Azul” segue o jovem mexicano Jaime Reyes (Xolo Maridueña). Ele está recém-formado. Então, volta para casa cheio de aspirações para o futuro. E em meio a uma busca por emprego e propósito, o destino o surpreende ao colocar em seu caminho uma antiga relíquia de biotecnologia alienígena, conhecida como Escaravelho. Este besouro alienígena azul escolhe Jaime para ser o hospedeiro, o que lhe dá uma armadura super poderosa e lhe garante poderes.
O problema é que o item é de grande interesse da empresária Victoria Kord (Susan Sarandon). Então, ela une forças ao vilão Carapax (Raoul Max Trujillo) para recuperá-lo. Assim, nessa confusão toda, Jaime só poderá contar com a ajuda da própria família e da jovem Jenny Kord (Bruna Marquezine). E agora, o jovem deverá enfrentar desafios imprevisíveis, tendo sua vida transformada para sempre, ao se tornar o Super-Herói Besouro Azul.
Apenas pela leitura da sinopse já dá para perceber o quão repetitivo o filme é no que se refere aos lugares comuns das jornadas de super-heróis. E nem as interpretações de Xolo Maridueña e Bruna Marquezine, que exibem carisma e forte presença como mocinhos, conseguem melhorar a falta de charme da narrativa. Já os vilões são participações muito frágeis e desinteressantes. Isso inclui um desempenho burocrático e decepcionante da vencedora do Oscar Susan Sarandon.
Sophia Mendonça é uma influenciadora, escritora e desenvolvedora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
Você sabia que a música Firework, de Katy Perry, é um hino budista? Confira a…
Enfeitiçados parte de uma premissa inovadora e tematicamente relevante. O filme traz uma metáfora para…
Sophia Mendonça resenha o especial de Natal A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter, com esquetes…
O autismo na série Geek Girl, uma adaptação da Netflix para os livros de Holly…
Os Fantasmas Ainda se Divertem funciona bem como uma fan service ancorada na nostalgia relacionada…
Ainda Estou Aqui, com Fernanda Torres, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e está…
Ver Comentários
A matéria descrita acima guarda alguma relação com o titulo do site?
não, apenas a autora é autista e tem hiperfoco em crítica de cinema.
O filme é uma verdadeira porcaria não sei eu acho que se esforçaram muito para fazer um filme tão ruim
Isso!