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Crítica: Besouro Azul (2023)

“Besouro Azul” é um filme de super herói genérico da DC. Esta produção também marca a estreia da famosa atriz brasileira Bruna Marquezine em Hollywood. Aliás, ela contracena com outros grandes atores latinos, como Adriana Barraza. Dessa forma, o filme busca quebrar uma carreira cultural ao conferir protagonismo a personagens latinos em uma produção desse gênero e porte.

Assim, trata-se de uma produção mais colorida e menos séria do que costumamos ver nas obras da Marvel e da DC. Há até doses de um humor simpático, com referência a telenovelas mexicanas, que levam a plateia a esboçar sorrisos. Porém, o filme não aproveita nenhuma oportunidade de subversão ou recriação de fórmulas já muito clichê desde os primeiros “Homem-Aranha”, nos anos 2000. Com isso, apesar do ritmo inicialmente agradável, ele vai culminando em situações bobinhas e cenas de ação sem muita graça ou identidade. E o problema se agrava quando até as próprias piadas começam a ser recicladas. Dessa forma, o longa-metragem revela-se repetitivo e maçante.

Besouro Azul recicla desgastada fórmula de filmes de super-herói

“Besouro Azul” segue o jovem mexicano Jaime Reyes (Xolo Maridueña). Ele está recém-formado. Então, volta para casa cheio de aspirações para o futuro. E em meio a uma busca por emprego e propósito, o destino o surpreende ao colocar em seu caminho uma antiga relíquia de biotecnologia alienígena, conhecida como Escaravelho. Este besouro alienígena azul escolhe Jaime para ser o hospedeiro, o que lhe dá uma armadura super poderosa e lhe garante poderes.

O problema é que o item é de grande interesse da empresária Victoria Kord (Susan Sarandon). Então, ela une forças ao vilão Carapax (Raoul Max Trujillo) para recuperá-lo. Assim, nessa confusão toda, Jaime só poderá contar com a ajuda da própria família e da jovem Jenny Kord (Bruna Marquezine). E agora, o jovem deverá enfrentar desafios imprevisíveis, tendo sua vida transformada para sempre, ao se tornar o Super-Herói Besouro Azul.

Obra da DC é ação repetitiva e maçante

Apenas pela leitura da sinopse já dá para perceber o quão repetitivo o filme é no que se refere aos lugares comuns das jornadas de super-heróis. E nem as interpretações de Xolo Maridueña e Bruna Marquezine, que exibem carisma e forte presença como mocinhos, conseguem melhorar a falta de charme da narrativa. Já os vilões são participações muito frágeis e desinteressantes. Isso inclui um desempenho burocrático e decepcionante da vencedora do Oscar Susan Sarandon.

Avaliação

Avaliação: 1.5 de 5.
Sophia Mendonça

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma influenciadora, escritora e desenvolvedora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

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