Arte e entretenimento

Crítica: A Bela e a Fera (1991)

A Bela e Fera é um dos grandes clássicos animados da Disney. Assim, a obra teve lançamento em 1991, com texto roteirista da experiente em contos de fadas Linda Woolverton. Então, com seis indicações ao Oscar, incluindo o feito então inédito para uma animação de ser nomeado a Melhor FIlme, o longa-meyttragem ganhou as estatuetas de Melhor Trilha Sonora e Canção Original. Além disso, venceu o Globo de Ouro de Melhor Comédia ou Musical.

A Bela e a Fera quebrou recordes e paradigmas da animação tradicional

O filme é realmente maravilhoso e resistiu bem aos anos que passaram desde seu lançamento. A história, que se situa na França do século 18, começa mostrando um príncipe que após recusar abrigo a uma humilde mendiga e ela se revelar uma bela feiticeira. Então, ela o condena a viver como Fera a menos que descubra o amor recíproco. Assim, quando uma garota chamada Bela se oferece para ser prisioneira no lugar do pai, ele percebe que aí pode estar a sua chance.

Um dos pontos fortes da produção é a forma como ela desenvolve os protagonistas. Por exemplo, a Fera é um ser agressivo, arrogante e mimado. Portanto, é completamente distante de príncipes encantados idealizados. E mais: ele permanece assim por boa parte da projeção, embora nunca tenha sido mau. Então, acompanhar a transformação do personagem à medida em que ele aprende a amar é um dos elementos bonitos da obra.

Este é um dos melhores contos de fadas da Disney

Já a Bela é uma personagem particularmente interessante. Afinal, ela mostra a evolução dos roteiros da Disney na composição de uma personagem muito mais instigante do que as princesas de clássicos mais antigos, como Cinderela e Branca de Neve. Assim, é uma mulher culta e inteligente, que por estar à frente de seu tempo é muitas vezes mal compreendida pelas pessoas ao redor. Também é alguém capaz de entender profundamente os sentimentos humanos. Com isso, consegue ver além de preconceitos e aparências.

Então, é nesse romance entre personagens bem delineados que a produção cativa quem a assiste. Nesse sentido, ajuda a presença de coadjuvantes divertidos e bem desenvolvidos, especialmente os moradores do castelo transformados em mobília, assim como uma animação espetacular. Isso porque do design dos personagens aos figurinos e cenários, é tudo de um primor que impressiona.

A expressividade dos personagens, em especial o casal de protagonistas, é outro ponto forte. Afinal, os animadores conseguiram transmitir todas as emoções e a “química” entre eles muitas vezes sem a necessidade de diálogos. O que contribui ainda mais para o sucesso desse romance. Também, a trilha sonora é inesquecível. Ela se encaixa na história como em um musical da Broadway e serve para levar o enredo adiante com beleza, charme e graça. Assim, a emocionante música tema, que embala um dos momentos mais tocantes, merece um destaque especial.

Avaliação

Avaliação: 5 de 5.

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

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