Como ser mulher atravessa o autismo? A sociedade precisa avançar em compreender como as suas relações afetam as mulheres autistas. Isso, apesar dos avanços no conhecimento sobre o autismo no feminino. Aliás, aí está a conclusão do episódio “A mulher autista é o outro do outro“. De que, por exemplo, “precisamos olhar como o ser mulher atravessa o autismo”. Como diz Sophia Mendonça em determinado momento. Então, o vídeo encontra-se disponível no canal “Mundo Autista” desde a sexta-feira 28 de janeiro. Inclusive, Sophia Mendonça & Selma Sueli Silva assinam a apresentação do programa.
Por falar nisso, o episódio é baseado no artigo de mesmo nome escrito por Sophia Mendonça. O texto original pode ser encontrado nos sites O Mundo Autista e Canal Autismo. Sophia parte de Simone de Beauvoir e outras escritoras ligadas a estudos sobre o feminino. Ela reflete que
A mulher autista sofre várias marginalizações. Como a negação da possibilidade do diagnóstico, direito mais básico da pessoa autista. Ou seja, muitas de nós não tem a chance de ter acesso à real identidade. Existem profissionais que utilizam como argumento, que muitas mulheres com TEA apresentam vida funcional. Eles geralmente se referem ao fato de que, devido à capacidade de adaptação, elas conseguiram até casar e trabalhar. Portanto, o médico conclui do alto de seu conhecimento sobre a vida daquela mulher. Se viveram uma vida aparentemente “comum”, o laudo é dispensável.
O que esses “especialistas” não percebem, ou mesmo ignoram, é que os desafios do casamento ou mercado de trabalho são distintos para o sexo feminino. Ter constituído família ou estar empregada não significa que a mulher receba o mesmo tratamento social que o parceiro ou colegas do gênero masculino.
Falta, muitas vezes, a compreensão de como as características do autismo atravessam o ser mulher no Brasil. Aliás, em outros lugares do mundo, também. Por exemplo, como as mulheres autistas se protegem da violência psicológica ou do assédio sexual? É necessário considerar as dificuldades delas de desenvolver maior autonomia. E, também, de ler as entrelinhas das relações sociais. Não à toa, 90% das mulheres com deficiência já foram vítimas de abuso.
No episódio, Selma & Sophia se aprofundam nesses esses e em outros assuntos. Todos ligados ao tema do autismo na mulher. Mas, também, dando atenção a fatores sociais e culturais. E não apenas questões da medicina e da biologia.
Ao longo do vídeos, elas lembram-se do histórico de mulheres com traços autistas em sua família. Além disso, trazem visões de diferentes autoras para a conversa. Portanto, segundo elas, o vídeo é dedicado a todas as mulheres que lutam pelo acesso à identidade real.
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