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A Gratidão como Fonte de Cura

Homem meditando. A gratidão é cura.

A partir do momento que identifiquei o processo de gratidão como fonte de curas inimagináveis, minha vida parou de ser uma constante briga interna. Isso foi um grande caminho percorrido que teve esse fim. Vou contar para vocês.

Gratidão é cura

No início da minha graduação em psicologia, me deparei com um professor e uma disciplina que traduziam tudo o que eu sempre pensei e senti. Mas eu nunca havia esquematizado, planificado e, portanto, entendido isso. Eu me lembro muito bem da primeira vez que peguei o texto de Louis Ricci, “A Psicologia Transpessoal”. Meu corpo espiritual estava latente, percebi, encoberto. Porém, ele estava pronto para que eu o estimulasse, o desvendasse. O que aprendi com o texto de Ricci foi um marco, não só na minha graduação, mas na minha vida.

Descobertas com a psicologia transpessoal

Descobri que existiam maneiras de se perceber essa Vida que partiam de princípios muito mais amplos do que eu estava acostumado a observar. Princípios muito além desse Ego ordinário e de suas ferramentas egoístas. Comecei a entender, na prática, o Transpessoal, o além do pessoal. Passei a abordar situações e a enxergar pessoas com outros olhos. Não mais pensava só em mim e no meu bem-estar, exclusivamente. Nascia, em mim, uma vontade de me abrir para a realidade dos outros, como pessoas que são. Passei a entender melhor os sistemas que nos cercam: cultura, religião, classe social etc. Saí de uma visão limitadíssima para aplicar na minha vida conceitos que me ofereciam compreensões maiores, grandes descobertas.

Os livros como aliados

Estava lendo livros como nunca e via vídeos de palestras na internet como nunca, também. Eckhart Tolle, J. Krishnamurti, dentre outros, eram minhas preferências. Tudo o que eles diziam, finalmente, estava fazendo sentido. Percebia, em minha vida, a verdade daquilo que estava aprendendo. Pouco a pouco fui sendo guiado, como sempre digo, pela própria Vida. Conheci pessoas, entrei em situações desafiadoras, refleti e senti, acima de tudo. Eu estava mudando. E, junto comigo, o meu mundo mudava também.

A gratidão como aprendizado

Dentre tantos aprendizados, o conceito de gratidão mexeu profundamente comigo. Foi através da gratidão que me dei conta de que tudo que aconteceu e acontece com a gente, contribui para que nós sejamos quem nós realmente somos. Comecei agradecendo a mim mesmo, por ser quem eu sou. Agradeci por cada detalhe, cada qualidade, positiva e negativa. Tudo nos guia ao momento atual. Se eu estava bem com quem eu era, não havia motivo para reclamar de nada que me havia acontecido.

Nesse processo, atravessei caminhos que nunca antes, eu havia percorrido. Agradeci a meus pais, por me conceberem. Agradeci a criação que eu tive, meu sistema familiar, os amigos e professores. Passei a enxergar em tudo, mestres em potencial. E percebi que tudo era para o meu aprendizado e os conflitos internos, os infinitos problemas e reclamações, foram se dissolvendo. Meu campo foi ficando cada vez mais sutil e agradável de se pertencer.

A importância de agradecer

Nas minhas palavras e ações, já não havia mágoas e nem ressentimentos. Nessa época, eu gostava de ouvir as pessoas. Ouvia com o posicionamento de um discípulo. O que eu posso aprender com esta pessoa, aqui, agora? Foi um período de revolução, de grande transformação.

Hoje em dia, nos grupos de meditação que orientados por mim, coloco sempre a prática da gratidão como base fundamental para se meditar. Impossível alcançar um estado harmônico e em paz de Ser, se não estamos prontos para agradecer. Precisamos de compreender que todos que nos cercam estão aqui para o nosso bem. Basta que você se posicione como o eterno aprendiz, que aprende da Vida tudo aquilo que ela tem a oferecer. E isso vale para o bom e para o ruim.

Um novo Ser

Sinto que operei mudanças profundas no meu Ser em todo esse tempo. A gratidão salvou a minha vida. Deixei de ser a vítima para ser o responsável. Passei a atrair para mim, cada vez mais, aquilo que necessitava aprender. E tudo isso de maneira sutil, com aprendizados mais suaves, sempre. Colhia mais do bom e menos do ruim. Minha visão do que era bom e ruim estava, felizmente, modificada. Tudo era uma questão de aprendizado. Agradeço, aqui, todos aqueles que, em algum momento, passaram e passam pela minha vida. Obrigado por serem quem são e por me permitirem compreender quem sou eu. Gratidão à vida. Com carinho.

Psicólogo e professor de yoga, Renan Kleber

Praticante do Yoga, desde 2012, Renan Kleber Lopes Dias se formou como professor de yoga pelo Estúdio Namaskara – SP, professor Mário Reinert, em um curso de 2 anos. É graduado em psicologia pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em psicologia social e formação complementar em pedagogia. Atualmente, dedica seu tempo ao estudo e ensino do yoga e meditação, oferecendo workshops sobre Yoga e Psicologia, além de oficinas de escrita e mandalas para crianças. Contato pelo Instagram: @almasirmãs

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Fora Comunas
Fora Comunas
3 anos atrás

Pura bobagem. Só Jesus Cristo Salva. Yoga é satanismo. Psicologia é lero-lero.

Áurea Pinkowski
Áurea Pinkowski
Reply to  Fora Comunas
3 anos atrás

O próprio dom é uma palavra que prefigura como algo vindo de Deus Deus dá dom à muitos e a prática de medicinas do corpo ou mente é como uma moeda do Senhor para a humanidade praticar o genuíno amor entre si. Meditar é acalmar e gerenciar o corpo ( que o Yoga tb faz) é exercitar o espírito para que o Espírito, este com letra maiuscula do Senhor genuinamente habite em nós e produzimos luz, algo que uma pessoa que se diz realmente cristã deve expressar e até mesmo crescer para se tornar luz. Somos gratos pela palavra como um todo e tb qd diz ” por tudo daí graças “, pela comunhão, pela meditação, pelo amor,…só não sou tão grata pela religião que é algo totalmente dos homens ao contrário da palavra e da espiritualidade que é o caminho para a compreensão.