Você se considera uma pessoa inclusiva? Ou você é uma pessoa inclusiva? Quando, em 2015, eu e minha filha entramos para esse universo da Diversidade e Inclusão, eu conheci pessoas incríveis, sensíveis e que se dedicavam, de verdade, a construir uma sociedade inclusiva.
Estudei sobre o tema, participei de congressos e, principalmente, encontrei educadores, profissionais da área de saúde, familiares. Com eles , aprendi, na prática, sobre ter a cultura da inclusão. Por isso, me assusto com familiares de pessoas com deficiência transfóbicos, homofóbicos, racistas, machistas. Enfim, há até aqueles que criam hierarquia de valor humano, de acordo com a deficiência que se tenha.
Basta uma observação mais profunda ou um estudo sociológico para entendermos as mudanças culturais, comportamentais, de costumes, doenças entre outras as quais estamos assistindo atualmente.
Desse modo, podemos constatar que a sociedade está em constante transformação. Como então, nós, seres sociais podemos permanecer presos a conceitos e definições ultrapassados? Aliás, com justificativas do tipo: “eu não sou permissivo.”, “eu sou honesto.”, “Esses são os meus valores.”
Mas eu digo, eu aprendi, eu constatei: “Somos pequenos diante da grandeza e riqueza do ser humano. Por exemplo, é do ser humano que vem a riqueza da diversidade. Para o cristão, como questionar o Criador que deu vida a todos os seres humanos? Ou seja, como dizer que o criador se enganou na em dar vida a essa ou aquela criatura?
Eu busco ser. Cada vez mais. Aprendo todos os dias. Quero aprender sempre. Não me permito julgar. Até tento. Mas não me permito. Quem sou eu para estabelecer parâmetro ou padrão
para seres humanos? Quando fico estanque diante de uma pessoa muito diferente de mim, parto para tentar compreender, conhecer mais sobre ela. Quanto aos valores, bem… Valores dizem respeito à caráter. E caráter é escolha, aprendizado distorcido.Portanto, nesta semana em que teremos o Dia do Orgulho LGBTQIA+, pelo amor das deusas. Não me venham com o discurso superficial e clichê que daqui a pouco teremos o Dia do Orgulho Hétero. Vez ou outra um vereador desconhecido em busca de atenção tenta aprovar o projeto em sua cidade.
O dia 28 de junho marca a luta pelo combate ao preconceito, violência e discriminação contra homossexuais e pessoas Trans no Brasil. Em outras palavras, celebra o desejo de pessoas, seres humanos, o desejo de serem respeitadas como tal. E, certamente, o direito de serem reconhecidas como pessoas cidadãs. Qual seria a pauta do Dia do Orgulho Hétero?
E então, você é uma pessoa inclusiva?
Texto de Selma Sueli Silva
Leia mais: Selma Sueli, autista e mãe de uma mulher trans autista, reforça a importância do acolhimento familiar e conta sobre as transformações geradas pelo diagnóstico e pela transição de gênero da filha.
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