Você cuida da sua Saúde Mental?, esta é a grande pergunta nesse universo pós pandemia. Em outubro de 2020, pesquisadores da Universidade Federal Rio Grande Sul (UFRGS) realizaram um estudo que apontou que 80% da população brasileira se sentia mais ansiosa. Destes, 68% apresentavam sintomas depressivos, 65% expressavam raiva e 50% tiveram alterações no sono. Agora imaginem, a pandemia aconteceu por dois anos. E agora, 3 anos depois, vários países ainda não decidiram sobre as políticas públicas, focadas nos danos à saúde mental, causados pela pandemia, Aliás, sequer avançaram nas políticas existentes.
Entre profissionais da saúde, o que mais se ouve é sobre o aumento de transtornos e adoecimentos mentais. Entre o educadores, os próprios professores estão ‘surtando’ em sala de aula. E o que é pior, maltratando alunos indefesos e com alguma deficiência. Não há como justificar a agressão pelo também adoecimento dos professores. Temos – e já, que evitar que essas situações se repitam.
Assim, apesar dos diversos estudos realizados durante e depois da pandemia, confirmando, inclusive, o impacto a crise global na saúde psíquica dos cidadãos, pouco foi feito em termos de medidas práticas. Ou seja, essa é a realidade apontada por estudo da OMS, Organização Mundial da Saúde, que destaca as lacunas encontradas no enfrentamento da questão.
Na pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19”, realizada pela Fiocruz, mostrou que parte dos profissionais que estavam na linha de frente do combate à doença já apresentavam pensamentos suicidas, perda de satisfação na carreira ou na vida, irritabilidade e choro frequente e impossibilidade de relaxar. E agora, como estão esses médicos, se nenhum tratamento especial foi oferecido a nenhum deles?
Logo, podemos inferir que somos tratados por quem também necessita de tratamento.Estudo publicado na “The Lancet Regional Health – Américas”, sugeriu que um terço das pessoas que tiveram covid-19 foram diagnosticadas com transtorno neurológico ou mental. Agora, estamos lidando com o surgimento de novas variantes e eventuais ondas da doença. Então, podemos pensar em um pós-pandemia que exige tanta atenção quanto o início da crise. Afinal, passado o momento mais crítico da crise sanitária, persistem as crises sociais e econômicas.
Portanto, o resultado só poderia ser o aumento de transtornos mentais em diversos países ao redor do mundo. Ainda com base no resumo divulgado pela OMS, jovens correm um risco desproporcional de comportamentos suicidas e automutilação. Além disso, mulheres e pessoas com deficiência são as mais propensas a desenvolver sintomas de transtornos mentais.
E Você? Cuida da sua Saúde Mental?
Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG), ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. É membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022.
Você sabia que a música Firework, de Katy Perry, é um hino budista? Confira a…
Enfeitiçados parte de uma premissa inovadora e tematicamente relevante. O filme traz uma metáfora para…
Sophia Mendonça resenha o especial de Natal A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter, com esquetes…
O autismo na série Geek Girl, uma adaptação da Netflix para os livros de Holly…
Os Fantasmas Ainda se Divertem funciona bem como uma fan service ancorada na nostalgia relacionada…
Ainda Estou Aqui, com Fernanda Torres, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e está…