Tarefa Simples?
Então, tarefa simples? Claro que não. Não é simples quando uma autista acompanha a mãe, 80 anos, ao médico. Meu diagnóstico veio em 2016. Ou seja, eu já era mulher, profissional e filha feita. Desde então, é recorrente ouvir mamãe dizer: “Nossa, Sueli, complicado, heim?” Ainda no primeiro semestre, quando eu a levei para tomar vacina anticovid, em um posto de saúde, fiquei apavorada. Resultado, entrei em crise. Havia muita gente, nenhuma sinalização. Além disso, muitos carros estacionados numa rua estreita. Certamente, um cenário nada confortável para uma pessoa autista.
Mamãe ficou aflita. Pela primeira vez, ela se deu conta do quanto atividades simples eram complicadas para mim. Foi ruim perceber isso. Afinal, eu tinha de protegê-la. E não deixá-la apreensiva. Durante toda a minha vida, fiz esforço sobre humano para que ninguém percebesse minhas limitações. E pensar que isso foi interpretado por alguns médicos, como uma adulta funcional. Logo, dois deles questionaram meu diagnóstico.
Quando a maioria dos médicos vai descer de suas certezas absolutas? Aliás, quando vão entender que é preciso ouvir o ‘paciente’? Um é um e não todos. Nada de generalizar. Assim, há 4 dias, fui acompanhar minha mãe em alguns exames. Por exemplo, mapeamento da pressão, ressonância do crânio e um tal de holter.
Quando a maioria dos médicos vai descer de suas certezas absolutas? Aliás, quando vão entender que é preciso ouvir o ‘paciente’? Um é um e não todos. Nada de generalizar. Assim, há 4 dias, fui acompanhar minha mãe em alguns exames. Por exemplo, mapeamento da pressão, ressonância do crânio e um tal de holter.
Uma autista acompanha a mãe, 80 anos, ao médico
Enfim, o exame. E então? Deu tudo certo? Fui vitoriosa na tarefa de acompanhar minha mãe. Fala sério. Quer saber. Clique no vídeo acima. Até a próxima!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.