Disponível no Star+, Tropas Estelares é uma brilhante adaptação do polêmico livro homônimo. Inclusive, a versão literária recebeu acusações de fasciscimo e glorificação do militarismo. Mas aqui, de uma maneira não muito óbvia, percebemos que a mensagem é o exato oposto. Afinal, o caminho que o cineasta Paul Verhuoven optou na condução da narrativa é, no mínimo, curioso. Dessa forma, o filme revela-se uma sátira ácida e crítica ao material de origem.
As diferenças entre o livro e o filme em Tropas Estelares
Aliás, os elementos que levam a interpretar Tropas Estelares por este víés vêm tanto do roteiro quanto dos aspectos visuais. Ou seja, há um cuidado impressionante em cada detalhe. Esta qualidade fica evidente na direção de atores.
Por exemplo, Carper Van Dien e Denise Richards fogem dos artifícios dramáticos que usualmente vemos em obras do estilo. Em vez disso, eles apostam em composições quase canastronas, de maneira a ridicularizar a ideia de beleza arquétipa ariana. Aliás, esta opção ousada culmina em desempenhos memoráveis de ambos os atores.
Tropas Estelares, violência e pacifismo
Além disso, as sequências de ação são repletas efeitos visuais e trazem um teor maniqueísta misturado com sátira astuta. Dessa maneira, Tropas Estelares é um filme que abusa da violência para transmitir uma mensagem de pacifismo. Ou seja, é uma produção altamente inteligente e ousada.
Avaliação
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Autora da Crítica
Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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