Traumas e infância, que tipo de relação é essa? Quando escuto a história do paciente e me deparo com eventos traumáticos graves na infância do adulto a minha frente, é profundamente possível enxergar a criança sofrendo dentro dos olhos daquela pessoa.
O trauma não se atualiza. Desse modo, essa talvez seja a relação mais profunda entre traumas e infância.
Assim, a dor, quando não foi trabalhada e precisou ser c
ontida (abafada) na infância, fica nítida, palpável, crua e nua na nossa frente.
E minha maternidade fica ainda mais aflorada. Então, A vontade é de voltar no tempo e maternar essa criança também. Ajudar a direcionar as famílias e os ambientes com o amor necessário… Dar suprimentos de amor básico a essa pessoa.
Mas o que temos agora são os adultos com seus pedacinhos de meninos e meninas, ainda ávidos por um apego seguro, uma fortaleza que os ampare e ajude a ressignificar toda a dor vivenciada.
É sempre possível re-criar símbolos maternos saudáveis e amorosos nos corações de sobreviventes de traumas graves!
Giovana Mol é psiquiatra e psicogeriatra. Além disso, é terapeuta focada na compaixão. É Mestre em neurociência e professora da Faculdade de Ciências Médicas para o curso de Medicina.
Confira a lista dos 10 piores filmes de 2025 para a crítica de cinema e…
Como transformar os desafios sensoriais do Natal: Uma Perspectiva Autista em momentos de superação e…
Sofia Coppola e a Magia de "A Very Murray Christmas". Crítica do especial de natal…
Onde a técnica encontra o limite e o suporte que mudou minha vida como autista.…
A direção de Paul Feig e a atuação de Amanda Seyfried elevam suspense psicológico "A…
A Substância: Entenda a Simbologia e o Final Catártico do Filme de Body Horror. O…