Por favor, discordem de qualquer pessoa, mas não as ataquem de modo perverso! Por que digo isso? Estou muito feliz com a nomeação de Mariana Rosa para o CNE. Ela é alguém que verdadeiramente me representa, para além de trazer novas e enriquecedoras perspectivas. Dito isso, desmerecê-la por sua formaçâo é um dos insultos mais chauvinistas que eu já vi.
Primeiro, olhem para o lattes de quem a critica. A trajetória da formação dessas pessoas lhes dá o crédito que elas arrogam como especialistas? Quem fizer isso verá que não, que toda a construção profissional desses “especialistas” vem, em muitos casos, de outra área.
Outra questão: essas figuras por trás das críticas conquistaram a validação por meio de um concurso que requeriu testes e avaliações de pares da cominidade científicos ou com número de seguidores em redes sociais? Então por que isso seria um critério?
A minha intenção aqui não é atacar essas pessoas, mas me posicionar contra essa cultura machista que vem ganhando força na comunidade do autismo e mais do que não levar em conta, apaga e impede que chegue a mais pessoas qualquer ponto de divergência deles. Posso estar me prejudicando seriamente ao expor o que penso, mas é questão de princípios. Não posso ser conivente com isso.
Toda a minha solidariedade a Mariana Rosa – cujo único problema para essas pessoas é não arrogar para si o que não tem. Eu, hoje mestre e doutoranda, também já fui muito dolorasamente atacada em contextos assim. Eu sinto muito!
Sophia Mendonça é jornalista e escritora. Também, atua como youtuber do canal “Mundo Autista” desde 2015. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Assim, em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Já em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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Parabéns, Sophia, adorei o texto e sei da suas lutas e confio na sua opinião.