Sinal Amarelo para pessoas típicas e atípicas - O Mundo Autista
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Sinal Amarelo para pessoas típicas e atípicas

Sinal amarelo para pessoas típicas e atípicas - foto de barquinhos de papel em um rio. Tudo em escala cinza. Ao centro, um barquinho amarelo.

Pode não parecer, mas todas vidas contam.

Sinal Amarelo vale para pessoas típicas e atípicas. Dados sobre ansiedade e depressão do brasileiro preocupam neste Setembro Amarelo.

Tenho vivido dias desafiadores. Desde junho quando minha menina fez a cirurgia e teve uma intercorrência. Depois disso, há 9 dias, vivo o luto da perda de meu parceiro. Grande amor da maturidade. Mas falo disso depois. Entretanto, por isso mesmo, talvez, estou aqui para falar do Sinal Amarelo que recebemos, pessoas típicas e atípicas. Certamente, o significado é o mesmo que no trânsito: Atenção. Redobre o cuidado.

Ignorantes ignoram o sinal amarelo

Desconhecendo, com profundidade a linguagem da vida, nós ignoramos os sinais. Além disso, procuramos as famigeradas desculpas esfarrapadas para a nossa desatenção:

  • “Só ficarei mais essa noite sem dormir.”
  • “Nunca mais eu bebo.”
  • “Depois desse susto, nunca mais vou me descuidar de minha saúde.”
  • “Ah, que que tem, eu vou e volto, rapidinho.”
  • “Nunca mais vou me automedicar.”
  • “A partir de hoje, vou cuidar mais de mim, para cuidar melhor de minha família.”

Quando você ultrapassa o Sinal Amarelo para pessoas típicas e atípicas

Todas as vezes, que pessoas atípicas, atípicas, ou suas famílias, ignoram o sinal amarelo, os gatilhos para um colapso ficam mais eficientes. E aí, a pessoa não entende por que ela estava mais tolerante a sons altos e exatamente, aquele barulho, nem tão alto assim, a fez entrar em crise.

A família se questiona por que a mãe, tão equilibrada, acordou distribuindo ‘patadas’. E agora? O filho está agressivo. De repente. Ele não era assim. Nada é de repente, ou por acaso. Analisar o recorte dá a você a visão do… recorte. Mas é preciso entender o todo. Entender o processo.

Acontece que não temos tempo de nos ocupar mais com o outro. E nem com nós mesmo, na verdade. Contudo, segundo levantamento da Sortlist, o Brasil figura em segundo lugar no ranking de países que mais gastam tempo na internet. Ele fica atrás apenas da Filipinas, de acordo com a calculadora interativa criada pelos especialistas do Sortlist.

Segundo a empresa, o brasileiro gasta exatamente 10 horas e 8 minutos por dia na internet, o que equivale a 154 dias por ano. Já nas redes sociais, são 3 horas e 42 minutos por dia, o equivalente a 56 dias por ano.

Sinal amarelo aponta a solução

Assim, diante do sinal amarelo, é preciso elencar nossas prioridades. Saúde mental, família, trabalho, interação social, exercícios físicos, yoga, espiritualidade, meditação. Bem, cada um sabe de si. Segundo Datasus, o Brasil vive a ‘segunda pandemia’ na área da saúde mental. Temos uma multidão de deprimidos e ansiosos. As taxas de suicídio, sobem sem parar, e matam mais que acidente de moto.

Ignorar esses dados é, sem dúvida, dizer que, diante do ‘Sinal Amarelo’, pessoas típicas e atípicas têm se arriscado numa espécie de roleta russa. E o resultado disso, infelizmente, pode não ser o esperado.

Conforme aprendo no Budismo da Soka Gakkai, entidade para criação de valores humanos:

“‘Prezar cada pessoa’ significa valorizar a vida. Dessa forma, a vida de cada indivíduo é mais preciosa que todos os tesouros do universo. A filosofia de paz considera que o ser humano é insubstituível e possui um potencial exclusivo, único. Além disso, na essência desse princípio pulsam a compaixão e a coragem de não abandonar ninguém que esteja sofrendo.

Selma Sueli Silva é graduada em Jornalismo e Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, além de Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial. Atuou, como produtora e apresentadora, nas rádios Itatiaia (de 2001 a 2015), Inconfidência, Autêntica Educativa e Super. Foi assessora chefe do INSS/MG, de 1993 a 2001. É autora de cinco livros. Foi diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista) em 2016. Mantém o site “O Mundo Autista” no Portal UAI e o canal do YouTube “Mundo Autista” desde 2015.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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