Cinco anos do meu diagnóstico em autismo e 13 do diagnóstico de minha filha. Agora, é possível afirmar que ser autista é complicado. E ser autista pobre é muito mais.
O autismo não tem cura. Ou seja, o Transtorno do Espectro do Autismo – TEA, não é doença. No entanto, é para a vida toda. Além disso, o autismo acarreta condições coexistentes.
Por exemplo: TDAH – Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, TAG – Transtorno da Ansiedade Generalizada. Além de TOC – Transtorno obsessivo-compulsivo, Transtorno do Humor, alterações sensório motoras, entre outros.
Contudo, há tratamentos e estímulos que proporcionam qualidade de vida à pessoa autista.
O TEA apresenta 3 graus: leve, moderado e severo. Em outras palavras, o autista estará em uma dessas classificações conforme a necessidade de suporte necessário ao desempenho das atividades na vida diária. De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão 13.146/2015, em seu artigo 2º:
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Assim, a existência de barreiras existentes na sociedade é o que determina a existência de uma deficiência. Isso, devido às características de determinadas pessoas.
Embora tenhamos uma das melhores leis de inclusão do mundo, o preconceito estrutural dificulta, e muito, a eliminação dessas barreiras. Além disso, a ineficiência ou até inexistência de políticas públicas trazem grande gargalo à sobrevivência das pessoas com deficiência, PCDs. Aliás, até mesmo ao seu desenvolvimento e qualidade de vida.
Assim, temos, ainda, a invisibilidade do sofrimento das famílias de pcds. Elas não são contempladas, também, por políticas públicas adequadas.
Certamente, por tudo isso, perdemos valores que poderiam contribuir ao crescimento sócioeconômico do país.
Dessa forma, para aqueles que acreditam que não devem pagar pela “tragédia” que abate sobre determinadas famílias, lembramos que:
Por fim:
Ignorar a necessidade de políticas públicas eficazes e o efeito da elitização dos tratamentos aos autistas compromete a viabilidade de um futuro digno, equânime, igualitário e humanizado.
Selma Sueli Silva é jornalista, radialista, youtuber e escritora. Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial e autista. Autora de três livros e diretora do documentário “AutWork – Autistas no Mercado de Trabalho”
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