Comunicação do autista na vida diária - O Mundo Autista
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Comunicação do autista na vida diária

Neste episódio, Selma Sueli Silva e Sophia Mendonça refletem sobre a comunicação do autista na vida diária e suas consequências nas relações sociais.

A comunicação do autista na vida diária

A comunicação do autista na vida diária. Acima de tudo, é o desafio para autistas de todas as idades. A dificuldade em se comunicar traz consequências nas relações sociais. Ou seja, para expressar sentimentos, sensações, transmitir informações, opiniões. E até de expressar desejos.

A comunicação é uma ferramenta indispensável à vida de todos. Da mesma forma que ela estreita laços, aproxima as pessoas, pode, também, dificultar a vida dos autistas. Assim, mesmo após o curso em Comunicação Social, eu, autista adulta, ainda sinto dificuldades em entender a complexidade das comunicações sociais.

Minha dificuldade para me comunicar

Portanto, com base nos estudos de Klin Jones (2002), com relação à comunicação e à linguagem no TEA, Transtorno do Espectro do Autismo, eu ainda mantenho os tópicos:

  • Nem sempre compreendo o propósito da comunicação.
  • Quase nunca demonstro ou compartilho interesses com os outros.
  • Faço uso limitado ou inadequado de gestos, contato visual, expressões faciais ou linguagem corporal.
  • Tenho bom vocabulário e fala fluente, mas muitas vezes, não me comunicar de maneira eficaz.
  • Tenho dificuldade em entender mensagens não explícitas.
  • Apresento forte rigidez cerebral, o que fica evidente em atividades restritas, obsessivas ou repetitivas.
  • Tenho dificuldade para generalizar habilidades e para me adaptar a novas situações. A rotina me faz bem.
  • Ainda tenho baixo limiar de frustração. Posso me desorganizar diante de expectativas não concretizadas ou obstáculos.
  • Tenho dificuldade para entender o contexto social. Posso ser bem literal.
  • Tenho expressões de humor descontextualizadas. O que se torna um perigo em grupos sociais.
  • Tenho crises de riso ou de choro inexplicáveis.
  • Apresento certo desconforto ao contato corporal.
  • Ainda tenho stins (estereotipias motoras) para me organizar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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