O Mundo Autista

Que superpoderes você usa para escrever e dirigir o filme de sua vida?

Que superpoderes você usa para escrever e dirigir o filme de sua vida

Mônica Cabanas

Luzes, câmera e ação. Assim somos nós, diariamente, diretores do filme de nossas vidas. Como cada um de nós escreve ou dirige seu roteiro eu não sei, porém o que posso afirmar é que a cada dia decidimos, damos instruções, supervisionamos as locações, os atores principais e coadjuvantes como também os cenários do filme da nossa vida. Por conta desta minha percepção a, pensei que, talvez, você queira acompanhar um pouquinho de como venho escrevendo meu roteiro e desenvolvendo meu filme pessoal.

Sou jornalista, ecologista, escritora, terapeuta ericksoniana, consultora de empresas e instituições, amo as artes em geral tais como música, dança, pintura, escultura, entre outras, sou apaixonada por livros e por viajar – conheço 30 países nos 5 continentes e estou buscando conhecer mais assim que a pandemia me permitir, e acredito que se alimentar é muito mais do que comer. Creio, de maneira forte e firme, em um ser superior que está em todo o universo e que nos une pelo AMOR.

Acredito nos direitos sociais e na igualdade de direitos de todas as criaturas. Respeito a todos os seres humanos vivos e tenho um profundo amor pela natureza, nossa amada terra que nos presenteia, há milênios, com seus frutos e que nos permite sobreviver neste lindo planeta azul, onde recebemos a maravilhosa oportunidade de viver.

Penso, também, que nada em nossas vidas acontece por acaso e que pessoas, instituições e situações entram e saem do filme de nossas vidas todos os dias, meses ou anos e que um motivo, que quem sabe ainda não conhecemos, existe para que isto ocorra. Com estas pessoas, se nos damos uma oportunidade, aprendemos, crescemos, evoluímos e vivemos de forma plena esta existência. Muitas vezes, pensamos por que esta(s) pessoa(s) ou situação está acontecendo comigo, com minha família, com meu país, com meu continente ou com o planeta. Talvez um belo dia tenhamos as respostas ou quem sabe não.

Adiantando alguns capítulos no filme da minha vida conto que, em 2011, enfrentei questões de saúde por excesso de trabalho e desenvolvi o que chamam síndrome de Burnout. Esta Síndrome é um estado de esgotamento mental, emocional e físico oriundo de estresse crônico ou insatisfação profissional. Naquele momento, enfrentei todos os medos que havia guardado ao longo de muitos anos de vida, de uma única vez. Fui em busca de profissionais que pudessem me apoiar para seguir em frente e encontrar uma solução para o momento complexo que estava vivendo.

Nesta parte do filme, descobri que dentro de nós existem ferramentas poderosas e disponíveis para serem utilizadas quando necessitamos. Encontrei em mim uma força interior tão poderosa que nem fazia ideia que existia. Ao descobrir e encontrar estes “superpoderes” – iguais aos que assisti, quando pequena, nos filmes e desenhos dos heróis Marvel – esses poderes que todos temos dentro de nós e que muitas vezes ignoramos, segui escrevendo o roteiro do meu filme.

Em 2013, roteiro de meu filme deu uma guiada genial e surpreendente, ao menos penso assim: deixei meu trabalho, me casei e fui com meu amado cão Nico – meu cachorro de companhia emocional que outro dia conto sua história – eu fui viver na Europa. Atualmente, estou vivendo no México e conto para vocês que desde pequena o que mais queria na vida era viajar pelo mundo, tanto e que ate pensei em ser ‘aeromoça’ para realizar meu sonho.

Viver no México tem me ensinado muita coisa para além da cultura e história do país. No ano de 2017, vivemos dois grandes terremotos neste país, o que me fez descobrir o real significado de palavras que muitas vezes, ao longo de nossas vidas, esquecemos. São elas: solidariedade e empatia.

Nestes últimos anos, de modo muito especial desde março do ano passado, tenho buscado, a cada dia, me aproximar mais das coisas simples da vida. Busco desfrutar da força e do prazer de amar e ser amado por humanos e animais, não importando se este contato seja físico ou virtual. Até porque o amor e o querer são energia e a energia, nós sabemos, se propaga no espaço e no tempo possibilitando que sua vibração chegue aonde tem que chegar, não importando o número de quilômetros que isto represente.

A partir de hoje, vou seguir contando para vocês, aqui no Blog do Mundo Autista, sobre o roteiro e a filmagem desse filme que estou produzindo e escrevendo a cada dia.

Afinal, somos seres que viemos a este Planeta Azul, chamado terra, para produzir de alguma forma a felicidade e estou absolutamente convencida de que este desafio é real e possível de se concretizar. Conto com vocês para, junto comigo, descobrirmos a essência e a beleza de, a cada dia juntos e empáticos, vencer nossos obstáculos pessoais e coletivos para seguir em frente.

A palavra Namastê significa o Deus que está em mim saúda o Deus que está em você, ou seja, o espirito de amor e luz que se encontra dentro do meu coração se conecta com o espirito de amor e luz que está dentro do seu coração. Então, que possamos nesta caminhada de autoconhecimento e conexão que hoje se inicia, fortalecermos nas nossas ideias e sermos solidários e empáticos uns com os outros neste momento tão complexo pelo qual passa toda a humanidade. Namastê.

Monica Cabanas, terapeuta ericksoniana

Monica Cabanas e escritora, jornalista, terapeuta ericksoniana e investigadora de temas como: Alimentação emocional, os animais e sua importância em nossas vidas, a natureza como fonte de bem estar. Autora ou coautora de 8 livros, sendo o último infantil “As aventuras de Nico e Frida” (obra em quatro idiomas português, inglês, francês e espanhol). Possui 3 mestrados sendo 2 no Mexico (CEM e Universidad Autonoma de Mexico UNAM) e um na Espanha (Universidad de Alcala), um MBA na fundação Getúlio Vargas/DF, uma Especialização em Comunicação de Massa pela PUC/RS. É doutoranda em Desenvolvimento Integral pelo Centro Ericksoniano de Mexico (CEM). Atuou em mais de 33 anos em diferentes países e continentes, governos e organismos internacionais com o tema de Proteção Social.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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