PCDs, de fato, a vida é preciosa. Todas elas, de seres humanos, de seres vivos, todas, enfim. E de pcds – pessoas com deficiência, naturalmente. Dentro da filosofia de vida que eu sigo, “todos os seres humanos são essencialmente dignos, e compreender a importância da vida de cada um é essencial para o convívio harmonioso na sociedade.” O Dr. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), filósofo e humanista, sempre ressalta:
Proteger e prezar a vida deve constituir a filosofia fundamental dos praticantes budistas.
Eis minha filosofia de vida.
Desde que alguém (não se sabe quem) traçou o perfil de homem/mulher cis, branco, hetero, como padrão, quem sai disso, é considerado sujeito menor. Como assim? Qual é a referência, a medida? Não se sabe. O que sabemos é que os conflitos e situações vivenciados hoje, pela sociedade, nos impulsionam à necessidade de rever todos esses conceitos. Existem mesmo, todas as divisões impostas à vida humana? Uns mais, outros menos. Penso que não.
Considero, ainda, que a demora para reconhecer tal fato é o que nos condena ao sofrimento. E mais, nos impede de entender que a riqueza humana vem, exatamente, dessas diferenças. A homogeneidade nos paralisa. Ou seja, nos leva ao desejo de manter a zona de conforto As diferenças nos motivam à criatividade e, consequentemente, ao avanço da humanidade.
Convido você a refletir comigo sobre a afirmativa: PCDs, de fato, a vida é preciosa. Primeiro, vamos entender o que é satus quo. Essa é uma expressão do Latim que significa “o estado das coisas”. A expressão surgiu por volta de 1700 como uma forma reduzida da frase “in statu quo res erant ante bellum“, que pode ser traduzida como “no estado em que as coisas estavam antes da guerra”. Assim, preservar o statu quo significa deixar tudo como está.
Nós, autistas por exemplo, ao desafiarmos o status quo, defendemos novas ideias em busca de algo melhor. Enquanto conformismo é seguir o efeito de manada,
fazer mais do mesmo é manter o status quo.Dessa maneira, status significa a posição social de um indivíduo, o lugar que ele ocupa na sociedade. Em outras palavras é a condição que a maioria, ainda hoje, deseja para as pessoas com deficiência. Então, definitivamente não, nós não iremos manter o status quo. Nada será como antes. É preciso ter esperança. Ter esperança é preciso!
Atualmente, diante de tantas situações como pandemia, gripes influenza, desastres naturais é comum que tenhamos sentimentos como tristeza, desesperança ou mesmo de revolta. Porém, se nesse momento pelo qual passamos, não prezarmos a vida, a derrota é certa. Portanto, voltamos ao ponto primordial:
Ou seja, devemos prezar cada pessoa.
É certo que cada pessoa apresenta um estado de evolução, assim como fatores limitantes e habilidades singulares. Dessa forma, desprezar as diferenças é desprezar a própria vida.
Contudo, são as diferenças que dão colorido à moda, sabor à gastronomia, riqueza à humanidade. Ignorar isso, é apostar na pobreza humana.
Cada um de nós deve atentar para seu imenso potencial e compreender como é essencial empoderar toda a sociedade sobre essa mesma consciência. Dessa forma, prezamos o valor de cada vida. Além disso, não nos prendemos somente ao nosso desenvolvimento, mas nos dedicamos para ajudar a evidenciar o melhor no outro.
A filosofia budista nos ensina:
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