“Pantera Negra”, da Marvel, é o primeiro longa-metragem de herói a concorrer ao Oscar de Melhor Filme. Dessa forma, a produção revela-se importante ao trazer representatividade, com um elenco majoritariamente negro e personagens femininas tão relevantes quanto as masculinas.
Assim, o filme narra que após a morte do rei T’Chaka (John Kani), o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo.
Então, T’Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Letitia Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong’o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Assim, eles estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás.
Aliás, o longa-metragem é um deleite visual, com efeitos especiais e maquiagem de alto nível. Já a direção de arte é eficaz ao apostar numa paleta de cores multifacetada que não só diferencia entre si os cinco reinos mostrados na obra, como também revela a diferença para outras locações, a exemplo de Londres e Coréia.
Também, os figurinos são carregados em detalhes e expõem muito bem a natureza de cada personagem. Por exemplo, a rainha-mãe interpretada por Angela Bassett
surge vestindo um branco que remete à paz. O que vai ao encontro da performance da atriz, que se revela o equilíbrio entre os personagens com sua composição. E ancorado pelo saudoso e excelente Chadwick Boseman, o restante do elenco, que conta com vencedores do Oscar como Lupita Nyong’o e Forrest Whitaker, também não faz feio e consegue transmitir verossimilhança em uma trama que é sobretudo fantasiosa.Além disso, a mixagem de som, muito boa ao pontuar o clima de suspense e ação presentes na narrativa, se beneficia pela sublime trilha sonora, a qual revela-se um destaque à parte. Portanto, mistura a modernidade que o filme traz com os rituais que ele carrega. Ademais, mescla temas de ação com músicas africanas que nos transportam, verdadeiramente, para aquele universo.
Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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