Camila Marques
No dia em que completou 23 anos, o escritor e jornalista Victor Mendonça apresentou seu mais novo trabalho. Em tempos de crescimento do discurso de ódio, o escritor apresenta a trajetória de um dos maiores símbolos da busca por paz da atualidade.
Por uma sociedade de paz, em que um ser humano possa olhar para o outro com mais respeito, na última quinta-feira (06), o jornalista e escritor Victor Mendonça realizou na Casa do Porto, na capital mineira, o lançamento de “Ikeda, um século de humanismo”. Em sua mais nova obra, Victor aborda a trajetória do humanismo a partir da visão do filósofo japonês Daisaku Ikeda, um dos maiores líderes humanistas da atualidade. Ikeda nasceu em 1928, em Tóquio.
Além de filósofo, Daisaku Ikeda é fotógrafo, escritor, poeta e um dos mais influentes líderes budistas do mundo. À frente da Soka Gakkai (organização budista com mais de 12 milhões de adeptos), Ikeda foi o responsável pela expansão da organização no mundo, disseminando valores em busca por uma sociedade de paz, cultura e educação. A partir da década de 1960, Ikeda enviou propostas à ONU ligadas a questões da paz, do desarmamento, do meio ambiente e da educação, e se encontrou com líderes políticos e religiosos para dialogar sobre os desafios da humanidade. Em todo o mundo, o budismo tem 500 milhões de adeptos, sendo 245 mil somente no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo Censo.
Diferentemente do que se espera de uma religião, o budismo alinha comportamento a uma filosofia de vida, por meio dos princípios de Carma e Estado de Buda. O primeiro refere-se às consequências do que fazemos e pode ser transformado ao longo da vida; o segundo é a principal meta da religião, onde há o alcance de uma condição de vida inabalável independentemente dos fatores externos. Por isso, a ligação da religião com a filosofia
humanista, cujo princípio está em colocar o ser humano no centro do mundo, respeitando suas particularidades. Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela também são grandes líderes humanistas.Para Victor Mendonça, a obra é a concretização do desejo de explorar um novo olhar, indo além do universo autista. “Era um desejo meu seguir um novo caminho”. Budista desde os oito anos, faz da religião também seu aporte para lidar com os desafios do diagnóstico. As orações foram essenciais para que Selma Sueli Silva – a mãe – se mantivesse forte na medida em que Victor entrava no ensino médio e surgiam novos desafios. Victor e Selma são budistas desde 2005, e a avó de Victor, Irene, há 39 anos.
“Hoje, o Victor venceu uma série de desafios. O Victor fez a pré-escola, o ensino médio, a universidade e, agora, o mestrado. O Victor foi além. E todo esse processo de fé fez parte dessa evolução”.
Irene Silva, avó de Victor.
Ikeda tem várias obras publicadas e segue realizando encontros em todo o mundo, sempre voltados para a Paz, Cultura e Educação. Uma de suas obras de maior destaque é Nova Revolução Humana, composta por 30 volumes.
“Nenhum de nós pode existir isoladamente. Todos nós recebemos apoio, influência e cooperação dos outros. Ser capaz de reconhecer e apreciar esses laços invisíveis de apoio mútuo é um requisito importante para a cidadania global. – Daisaku Ikeda
O livro pode ser adquirido aqui.
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