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No meio do caminho havia outros caminhos

No meio do caminho tinha uma pedra? Não necessariamente, no meio do meu havia outros caminhos. Assim, no mapa da rota do curso de Letras, novas coordenadas foram se apresentando. Dessa forma, a agulha magnética da bússola apontou para distintas direções na rosa dos ventos. Então, em cada uma delas, encontrei novas possibilidades. A Revisão de Textos, a Audiodescrição e a Pesquisa. Na verdade, sinto como se já estivessem em mim desde sempre. Assim como a semente adormecida no solo esperando a primavera para acordar.

No meio do caminho, outros caminhos e a certeza da inclusão

Ou seja, minha identificação com essas áreas vem acontecendo de maneira espontânea e fluida. Então, afetivamente, a leitora que mora em mim acolhe a revisora, a audiodescritora e a pesquisadora. Desse modo, ofereço a elas a curiosidade, a lente de aumento e o espelho para a nova jornada. Aliás, este último para eu me olhar. E, neste olhar, sempre lembrar que sou mulher, mãe atípica, cidadã, além de estudante.

A inclusão é um norte, um propósito. Assim, a acessibilidade tornou-se um ponto de convergência. Tanto na minha construção pessoal como profissional. Por isso, estar dentro do espaço acadêmico, tendo a oportunidade de me debruçar sobre esses aspectos, é um grande privilégio!

O saber em prol do coletivo é inclusão

Em outras palavras, como uma desbravadora consciente do meu papel na sociedade, no lugar que ocupo, fico atenta para fazer minha voz ser ouvida. Aliás, o saber em prol do coletivo é o que me interessa. Portanto, quero contribuir para pavimentar a estrada acadêmica. Pavimentar para outras mulheres como eu, como meu filho autista e tantas outras pessoas com deficiência ou necessidades educacionais especiais.

Enfim, o aprendizado tem me proporcionado encontros frutíferos. E, claro, com o foco no cumprimento da LBI – Lei Brasileira da Inclusão. Ocupar esse lugar tem me feito feliz e desvelado roteiros profissionais possíveis, palpáveis e promissores!

“A cada chamado da vida o coração deve estar pronto para a despedida e para novo começo, com ânimo e sem lamúrias, aberto sempre para novos compromissos. Dentro de cada começar mora um encanto que nos dá forças e nos ajuda a viver.” (Hermann Hesse)

Roberta Colen Linhares, natural de Belo Horizonte – MG, casada, mãe de Arthur e Isis, contadora de histórias pelo Instituto Aletria, e atualmente é graduanda do Curso de Letras na PUC Minas.

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