Hoje, o site da Revista Autismo publicou uma seleção de dez livros sobre autismo e LGBTQIAPN+. Dessa forma, trouxe obras de autores de diferentes nacionalidades. Fiquei feliz, pois Metamorfoses (2023), que considero um dos meus melhores trabalhos, estava na lista.
Metamorfoses é fruto de dois anos de pesquisa ligada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Este período culminou na publicação da minha dissertação. Assim, a obra mistura achados de pesquisa sobre temas como neurodiversidade e identidade de gênero.
Com isso, o livro estabelece diálogos e interações por meio de uma compilação de estudos sobre as experiências de pessoas trans e autistas. Metamorfoses também conta com vários relatos pessoais que amarram a narrativa. Ou seja, ele também se configura como um livro de memórias.
Assim, gostaria de recomendar que quem aprecia a leitura de Metamorfoses possa se envolver também com a experiência de uma outra história, que é contada em um outro formato. Trata-se do romance Tabus sobre a maternidade atípica e a identidade de gênero: Nem Tudo é o que Parece!. Esta obra mistura fatos e ficções inspiradas em relatos sobre maternidade atípica, transexualidade, transtornos do neurodesenvolvimento e transtornos de personalidade.
Dessa forma, Nem Tudo é o que Parece foi escrito em conjunto com minha mãe Selma Sueli Silva. Foi ela quem idealizou o argumento deste romance, com fortes doses de suspense psicológico. Assim, ele traz a perspectiva materna sobre uma série de questões ligadas às identidades neurodivergentes e LGBTQIAPN+.
Eu amei estar nesse projeto porque, como ele tem forte inspiração autobiográfica mas também personagens fictícias que representam a nossa persona, foi possível nos aprofundar em temas que são tabus até para nós, autoras. Fiquei muito orgulhosa de mamãe, que é a principal cabeça por trás deste livro. Além disso, considero muito interessante o diálogo que ele estabelece com o Metamorfoses, ao trazer reflexões sobre neurodiversidade e trans sob um novo lugar de fala.
Sophia Mendonça é jornalista e escritora. Também, atua como youtuber do canal “Mundo Autista” e repórter da “Revista Autismo“. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Assim, em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Já em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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