Inclusão Escolar - Autista na Universidade não é fardo - O Mundo Autista
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Inclusão Escolar – Autista na Universidade não é fardo

As mãozinhas de uma criança sobre o globo terrestre. Inclusão Escolar - Autista na Universidade não é fardo

Entre 63 ex-alunos notáveis da UFMG, Sophia Mendonça ocupa a posição 57.

Vamos entender um pouco mais sobre a importância da Inclusão Escolar e o Autista na Universidade. O EduRank.org é um site que classifica universidades em todo o mundo. O ranking é feito com base em métricas, como resultados de pesquisa, influência de ex-alunos e destaque não acadêmico. Ele fornece oportunidades iguais de inclusão para instituições de todos os países. Além disso, é transparente sobre a escolha de indicadores, processamento de dados e métodos estatísticos.

Inclusão Escolar do Autista pode elevar a posição das Universidades Brasileiras

A Universidade Federal de Minas Gerais é a 718ª no mundo, a 22ª na América Latina e a 5ª no Brasil por proeminência agregada de ex-alunos (EduRank.org 2025). Abaixo está a lista de 63 ex-alunos notáveis ​​da Universidade Federal de Minas Gerais entre graduados famosos e ex-alunos, juntamente com pesquisadores e equipe acadêmica.

Ela é encabeçada pelos presidentes Juscelino Kubitschek (1902 – 1976) e Tancredo Neves (1910 – 1985), seguidos por Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Guimarães Rosa (1908-1967) ocupa a quinta posição. Na posição 57, aparece Sophia Mendonça (1997 – ). Sophia Silva de Mendonça é uma autora brasileira. Considerada uma das principais vozes sobre autismo em mulheres no Brasil, Sophia escreveu o romance jovem adulto Danielle, Asperger (2016), o livro jornalístico Neurodivergentes (2019) e apresenta o canal Mundo Autista (2015–presente) no YouTube. Daniel Florêncio (1980 – ), diretor, escritor e produtor de cinema britânico nascido no Brasil, fecha a lista na posição de número 63.

Porque a Inclusão Escolar do Autista na Universidade não é fardo.

Sophia Mendonça deixou a UFMG para fazer doutorado na Universidade Federal de Pelotas, por falta de inclusão escolar. Pior, Sophia tentou explicar à sua orientadora suas reais necessidades, porém a orientadora viu suas tentativas como insanas e ela, como ingrata. Teve de se valer do laudo de sua psicóloga para conseguir o minimamente aceitável.

Fica claro que, se mesmo assim Sophia, uma mulher autista, consta do Ranking de ex- Alunos Notáveis da UFMG, ela e outros alunos autistas poderiam melhorar e muito a posição da Universidade nesse ranking. Ao virar as costas para a aspirante ao doutorado, à época, os docentes envolvidos não conseguiram frear o brilho da estudante.

A inclusão no EduRanking afere a trajetória do aluno pós saída da Universidade. Entretanto, a falta da verdadeira inclusão na UFMG obrigou Sophia e sua mãe (eu) nos transferirmos de malas e cuia para o Sul do Brasil. Há males que vem para o bem. Então, Sophia caiu nos braços acolhedores de seu orientador Gustavo Henrique Rückert, professor que se destaca como um ponto fora da curva e é também autista. Só podemos agradecer a essa cidade que nos acolheu e à Universidade de Pelotas – UFPel que descobrimos ser grandiosa e composta por valiosos Mestres Acadêmicos e seres humanos que entendem profundamente a natureza humana de maneira plena e inclusiva.

As 100 melhores universidades do Brasil

As 100 melhores universidades do Brasil classificadas pelo EduRank são o espelho dos resultados de pesquisa, destaque não acadêmico e influência de ex-alunos. A análise de 40,5 milhões de citações recebidas por 3,44 milhões de publicações acadêmicas feitas por 198 universidades do Brasil, a popularidade de 1.422 ex-alunos reconhecidos e o maior banco de dados de referência disponível são os pilares que compõe a lista.

Abordagem do EduRank.org para classificação universitária mundial:

A abordagem segue ampla seleção de instituições de ensino superior. O único critério de seleção para inclusão no ranking é a emissão de diplomas de bacharelado e acima ou análogos com 4 ou mais anos de estudo. O objetivo é fornecer oportunidades iguais de inclusão para instituições de todos os países, incluindo os países em desenvolvimento. A classificação não utiliza nenhum dado fornecido por universidades. Ou mesmo, os dados que uma universidade possa adulterar sem melhorias reais na qualidade de suas funções.

A organização acredita que a classificação por métricas é a única abordagem possível para classificar 14 mil e 131 universidades em 183 países – sem pesquisas, sem especialistas, sem opiniões. O objetivo é ser transparente sobre a escolha de indicadores, processamento de dados, métodos estatísticos usados ​​e limitações de classificação.

O compromisso é com melhorias em vez de consistência. Assim, não a EduRank não vê valor em manter a metodologia consistente para fins de rastrear mudanças anuais na posição de uma universidade individual. Afinal, isso significa sacrificar oportunidades de melhoria.

A pontuação final da classificação geral do EduRank consiste em 3 partes:

45% refere-se ao desempenho de pesquisa. O banco de dados OpenAlex, como proxy, é responsável por recuperar publicações científicas e links entre elas (citações). Em vez de apenas resumi-las, constrói-se um gráfico com publicações com possíveis nós e citações como arestas, para calcular o peso de cada publicação. Em seguida, ajusta-se esse peso para a data da publicação e a participação de representantes universitários na lista de autores.

45% refere-se à proeminência não acadêmica. Em outras palavras, a Organização usa a mesma abordagem que o Google e outros mecanismos de busca modernos usam para calcular a reputação de páginas da web individuais – backlinks para uma universidade de outros sites. Os dados do Ahrefs são uma fonte com o maior índice disponível de páginas e links.

Pontuação de 10% Alumni. O indicador reflete o número combinado de visualizações de página que os graduados de uma universidade e outros indivíduos afiliados têm em todas as 43 versões de idioma da Wikipédia.

Esses são apenas 3 indicadores, mas cada um deles é complexo o suficiente e, por si só, é um bom preditor da posição de uma universidade no ranking e atende aos requisitos da EduRank de sustentabilidade contra manipulação.

Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG), ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. É membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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