O Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade) é o responsável pela Especialização “Sexualidades no Espectro Autista. Logo, é uma pós regulamentada pelo MEC. Dessa forma, a doutora em Psicologia e autista Táhcita Mizael e o mestrando em Psicologia Danilo Carvalho de Sá coordenam o curso. Além disso, o curso será online e começará no dia de 04 de março, com aulas às sextas e sábados. Logo, uma vez ao mês. Isso, totalizando 12 encontros presenciais das 9h às 18h. Assim, as inscrições podem ser feitas até o dia 10 de fevereiro pelo whatsapp 11981812388.
Contéudo da Especialização em Sexualidades no Espectro Autista
Os organizadores tentaram juntar várias questões importantes. Por isso, começam no mais geral. Assim, sobre o que é autismo. “Em muitos cursos, infelizmente, o pessoal já começa com uma visão muito capacitista. Ou que não está atualizada. Assim, a gente está bastante preocupado. De ter um conhecimento muito atualizado. De ter essa visão que é concernente com o modelo social da deficiência. A gente vai começar falando um pouquinho sobre o autismo. Níveis de suporte. Dar nossa base, além da base sobre gênero e sexualidade. Porque as pessoas têm muito essa visão de que sexualidade é igual é sexo. E não é.”, afirma Táhcita Mizael.
Segundo a pesquisadora, a sexualidade faz parte da vida. É uma parte desde a infância até o momento em que a gente morre. Ela não pode ser resumida no ato sexual. Ou somente no flerte. Assim, há uma série de comportamentos que irão influenciar nossa sexualidade. Dessa forma, seja a questão de consentimento, conhecimento sobre o próprio corpo, autonomia, direitos sexuais e reprodutivos. “Então, a gente vai abordar o possível de várias dessas questões. Por exemplo, a gente vai sempre pensar nos níveis de suporte, em diferentes idades. A gente quer ter uma perspectiva de desenvolvimento.”, pondera.
O que abordam as aulas?
As aulas abordam educação sexual. Além de psicoterapia voltada para casos. Já que é uma demanda muito comum no autismo e fora do autismo. Como um indivíduo autista pode se proteger de abusos sexuais? Além disso, orientações sexuais e identidade de gênero. Existe essa correlação em maior diversidade sexual e de gênero nas pessoas autistas.
Segundo Táhcita, também há discussão de casos que às vezes aparecem. Como masturbação inapropriada em ambientes públicos. Ou pessoas que querem namorar mas têm dificuldades na hora do flerte. As questões éticas também serão trabalhadas. Assim como a parte de comportamento sensorial, que costuma ser esquecida nas abordagens sobre o tema, lembram os organizadores.
Profissionais autistas
Uma preocupação dos coodenadores foi priorizar profissionais autistas. Sophia Mendonça (“Mundo Autista”), Tiago Abreu (“Introvertendo”) e Willian Chimura (do canal do YouTube autointitulado) estão no corpo docente. São profissionais que têm a bagagem da vivência e também estudam o assunto.
Confira a entrevista completa com os coordenadores da especialização em “Sexualidades no Espectro Autista”:
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.