Você tem medo de altura? Enfrentei Meu Maior Medo ao desafiar a acrofobia na roda-gigante de Gramado. Uma história de coragem e superação.
Enfrentei Meu Maior Medo! Todo mundo tem um “calcanhar de Aquiles”, não é? Aquele medo que paralisa e que parece impossível de vencer. Para mim, esse grande vilão sempre foi a altura. Quem me acompanha sabe que a acrofobia (o medo irracional de altura) é algo sério na minha vida. E talvez este seja o meu único medo realmente paralisante.
Neste artigo, quero compartilhar com vocês como transformei uma viagem a Gramado (RS) em um cenário de superação pessoal. Isso porque desafiei os meus limites em uma das atrações mais famosas da cidade: a roda-gigante.
Para vocês terem uma ideia da gravidade da situação, o meu pavor não era apenas um desconforto leve. Era, também, físico. Lembro-me da época em que morei no 14º andar de um prédio. Naquele tempo, bastava me aproximar da janela que meu corpo reagia. Assim, eu começava a passar mal. Portanto, sentia que o ambiente balançava e a tontura vinha forte.
Dessa forma, o medo de altura era algo que me limitava. E que, por muito tempo, eu evitei confrontar.
Se eu tinha tanto pavor, por que escolher justamente uma roda-gigante? A resposta está na busca por uma experiência controlada e lúdica.
Eu queria desafiar esse medo, mas precisava fazer isso de uma forma que meu cérebro entendesse como segura. Assim, a roda-gigante de Gramado oferece exatamente isso. Afinal, ela é uma atração turística fechada, lenta e visualmente deslumbrante. Então, foi a oportunidade perfeita para tentar “reprogramar” essa sensação de perigo iminente.
Estar lá em cima foi, surpreendentemente, muito legal. Claro que o frio na barriga estava lá. Mesmo assim, poder vivenciar aquilo, olhar a vista panorâmica da Serra Gaúcha e sentir que eu estava no controle da situação foi libertador.
Dessa forma, a viagem se tornou um momento de conexão e gratidão. Poder celebrar a vida, a companhia e a minha própria coragem tornou tudo inesquecível.
Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UFPel). Idealizadora da mentoria “Conexão Raiz”. Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.
Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça. Além disso, é autora de livros-reportagens como “Neurodivergentes” (2019), “Ikeda” (2020) e “Metamorfoses” (2023). Na ficção, escreveu obras como “Danielle, asperger” (2016) e “A Influenciadora e o Crítico” (2025).
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