E quando o autista adoece? Aliás, quem já passou por essa experiência? Por exemplo, costuma ser um pouco mais traumática do que é para a pessoa típica. E então? Quer saber?
Minha menina veio de Pelotas, onde faz seu doutorado em literatura. Aqui, contraiu chikugunya e ficou muito mal. Não melhorava já havia um mês. Como ela está sem Plano de Saúde, temporariamente, eu devia levá-la ao SUS. Porém, como eu também estava com dengue e tenho alguns traumas com relação ao pronto atendimento, travei. Não conseguia levar. Até que uma amiga nos levou ao Centro de Saúde Confisco. Chegamos lá às 16h30. Fomos avisadas que o atendimento da turma da dengue seria somente a partir das 18 horas.
O que percebi foi que mesmo que os médicos estivessem mais tranquilos, o atendimento não mudaria. Somente a partir das 18h00 que depois virou, à revelia da orientação, às 18h30.
E quem fosse da região e, portanto, pertencesse aquele Posto era passado na frente. Tentei argumentar mas a atendente repetia roboticamente: Porque você não foi a um posto de sua região? E eu, infelizmente, estava mal demais para lutar pelo que era certo.
Conclusão: fizemos exame de sangue, fomos para uma sala de espera para aguardar o médico. Já eram 20h00. Só fomos ser atendidas perto de 23h00. O exame de Sophia, segundo o médico, deu que ela estava desidratada. E eu com aumento dos leucócitos. Passou a falar de chikugunya com Sophia mas não deu o laudo. Somente mandou hidratar bastante. Era o dia 10 de abril. Como Sophia só piorava comecei a ficar com medo.
Assim, resolvemos ir à casa de minha mãe, em Lagoa Santa, no dia primeiro de maio. Entretanto, nosso retorno a BH, no dia seguinte, foi cancelado. Sophia havia piorado muito. Dessa forma, acompanhada pelo pai dela, que também mora em Lagoa, levei minha menina à Santa Casa da cidade. E foi aqui que, finalmente descobrimos o diagnóstico de Sophia.
Você acha que fomos bem ou mal atendidas pelo SUS, em Lagoa Santa?
(Continuo falando sobre isso aqui em nosso Blog, no Portal Uai, amanhã, dia 10 de maio 2024. Fique com a gente!)
Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG), ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores 2022, na categoria PcD. É membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022.
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