Sobre 13 de fevereiro, dia mundial do rádio: Esta é uma opinião polêmica, principalmente para quem é filha da minha mãe Selma Sueli Silva, mas eu nunca fui muito fã de rádio. Isso acontecia porque eu era muito ligada às nuances do texto e preferia as imagens como um meio de potencializar a comunicação. Então, não entendia muito bem porque os olhos de minha mãe sempre brilhavam quando ela retornava dos estúdios da Itatiaia para me buscar na aula, durante minha infância e adolescência.
É que minha mãe atuou como produtora, debatedora e apresentadora em diversos programas radiofônicos em horário nobre. O que as pessoas lembram com mais carinho é da atuação dela como produtora e painelista no Rádio Vivo, junto ao saudoso José Lino Souza Barros, entre 1999 e 2015. Ainda hoje é comum encontrarmos com ouvintes que, reconhecendo-a às vezes apenas pela voz, manifestam carinho pela comunicação espontânea e opiniões autênticas e ponderadas que marcaram esse ciclo.
Em 2015, quando eu havia acabado de ingressar na graduação em Jornalismo, uma das minhas primeiras experiências profissionais foi justamente como apresentadora de rádio. Afinal, foi graças ao convite da célebre pesquisadora e radialista Wanir Campelo, que comecei a conduzir o “Mundo Asperger”. Eu sou especialmente grata à Wanir e a essa experiência, porque me proporcionou a primeira chance de trabalhar minhas habilidades para me tornar uma apresentadora de audiovisual que não ficasse à sombra da mãe consagrada nessa área. E, mesmo eu sendo tímida e amedrontada naquela ocasião, o programa conquistou ouvintes fiéis. Esta é afinal a maior riqueza do rádio, como diz a minha mãe, os ouvintes.
Enfim, depois disso, eu também me apaixonei pelo formato do rádio e suas derivações. Por exemplo, amei produzir podcasts com grandes reportagens, a exemplo de “Amores (a)Típicos” (2022) e “Vozes da Maturidade” (2023). Também, fiz participações em diversos programas radiofônicos, em emissoras como Inconfidência, Super e Itatiaia. E um dos momentos mais marcantes dessas aparições foi quando pude desempenhar o papel de debatedora, assim como minha mãe fazia, em um episódio do Rádio Vivo de 2022.
Sophia Mendonça é uma jornalista e escritora. Também, atua como youtuber do canal “Mundo Autista” desde 2015. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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Assim que nos conhecemos, logo percebi que você era promessa de sucesso. E isso se concretizou em um curto espaço de tempo. Você é luz, Sophia, por onde passa! Seja no rádio, seja no impresso, na literatura; seja nas redes sociais, na academia, seja em qualquer canto. Continue brilhando, estarei sempre aqui te aplaudindo. Beijo!