Danielle, de Sophia Mendonça, e o mundo de mulheres é tema de resenha. Portanto, hoje gostaria de compartilhar uma análise curiosa e interessante do psiquiatra e pesquisador Walter Camargos. Ele é autor de “Síndrome de Asperger e Outros Transtornos do Espectro Autista de Alto Funcionamento” (2013).
Camargos escreveu uma crítica sobre o meu livro “Danielle” (2016). Afinal, este romance narra o encontro entre uma autista diante dos problemas marcantes da adolescência e a atriz favorita dela.
Dessa forma, “Danielle” aborda temas como o mundo da fama, a depressão na juventude e o autismo em mulheres. Assim, a narrativa encontra inspiração nas comédias românticas de Sophie Kinsella (“Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”) e Meg Cabot (“O Diário da Princesa“).
Já a co-protagonista Sabrina Andrade foi baseada em Lindsay Lohan, que protagonizou os filmes “Meninas Malvadas” (2004) e “Sexta-Feira Muito Louca” (2003). Não à toa, Danielle é o meu livro favorito dentre todos que já escrevi.
Então, eis a análise do Doutor Walter: “Esse é um romance do mundo de mulheres, de três mulheres. O que as une? O que têm em comum? Uma adolescente, sua mãe e uma atriz. Uma construindo a vida, outra quem a conduz na vida e a terceira que, embora famosa, destrói sua vida.
A primeira e a última, explosivas e temperamentais. A que se destrói carece de ajuda na condução da vida. A primeira que ama o perfil daquela que se destrói.
O “romance” ocorre entre a mais jovem, aparentemente menos capacitada, e a que se destrói. A atriz famosa aceita sugestão da jovem.
Talvez, aí, o processo terapêutico dela, atriz, tenha começado. Talvez, aí, a jovem tenha iniciado o papel de mãe e assim deixou de ser, aparentemente, menos capacitada.
Final feliz das 3 mulheres, agora uma quase mãe, uma mãe e uma atriz famosa. Para quem gosta de adivinhar o final da história, esse “romance” frustra – tem que ser lido até o fim. Leia e aprecie.”
Sophia Mendonça é uma jornalista, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+
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