Arte e entretenimento

Crítica: Um Amor Feito de Neve (2024)

Um Amor Feito de Neve é um filme de Natal bobinho que abusa da suspensão da descrença dos espectadores, mas envolve em clima de união.

Um Amor Feito de Neve (2024) é um daqueles romances natalinos que aparecem aos montes nesta época do ano. No entanto, o filme revela-se ainda mais ingênuo do que a média dessas produções. Afinal, a obra apresenta um senso de humor que beira o bobo e infantilizado. Além disso, o desenvolvimento do romance apresenta um forte tom de ingenuidade e abusa da suspensão da descrença dos espectadores. Porém, é bonito ver o espírito de união amorosa entre os moradores da cidadezinha onde o filme se passa.

Sinopse do filme Um Amor Feito de Neve

Cathy (Lacey Chabert), uma jovem viúva, encontra-se perdida na dor da perda de seu marido, sem conseguir redescobrir o sentido da alegria ou do amor. Mas, durante o período natalino, algo mágico acontece: ela cria um boneco de neve que ganha vida! A inocência e a alegria pura do boneco ajudam Cathy a se curar, fazendo-a rir novamente e abrir seu coração para o romance e a felicidade que pensava ter perdido para sempre.

Com o Natal se aproximando, Cathy e o boneco de neve formam uma conexão especial e encantadora, vivendo momentos de pura magia e amor. Mas há um detalhe triste: o boneco está fadado a derreter com o passar do tempo. Enquanto o relógio corre, Cathy precisa encontrar a força para recomeçar sua vida e amar novamente antes que a magia se acabe. Uma história doce e comovente sobre cura, segundas chances e o poder do espírito natalino.

Resenha do filme Um Amor Feito de Neve

Se por um lado essa narrativa boba e ingênua revela-se doce e muito agradável para uma fantasia de Natal, por outro lado o excesso de furos no roteiro pode atrapalhar a magia da experiência. Isso acontece porque o filme não respeita nem as próprias lógicas internas da fantasia. O filme tem atuações razoáveis, mas que em alguns momentos cedem à caricatura, principalmente no caso do xerife da cidade e do mocinho, que não conseguem trazer um conteúdo para os arquétipos que interpretam.

Avaliação

Avaliação: 2.5 de 5.

Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.

Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça.

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