“Pais de Pets” (2023) parte de uma premissa interessante ao abordar as relações entre humanos e cachorros em uma atmosfera de comédia romântica com ares bastante contemporâneos. Dessa forma, o filme engaja o espectador por meio da química irresistível entre o casal de protagonistas aliada às fofuras caninas.
No mais, o longa-metragem segue uma fórmula básica do gênero. Isso quer dizer que ele aposta em uma série de clichês e sequências montadas de maneira previsível e, em alguns momentos, até artificial. Assim, com muitas situações subaproveitadas, fica evidente que se não fosse por Lucy Hale e Grant Gustin nos papéis principais, o filme poderia ter sido um fracasso.
Acontece que a dupla de intérpretes eleva o material o máximo que pode ao conferir uma vulnerabilidade palpável aos protagonistas. Ao mesmo tempo, eles fortalecem o vínculo entre os personagens de uma maneira impressionante, mesmo com a superficialidade do roteiro.
Então, apesar de não oferecer novidades nem ir a fundo na boa ideia que tem como mote, “Pais de Pets”
consegue entreter como uma comédia romântica doce e autêntica.Sophia Mendonça é jornalista e escritora. Também, atua como youtuber do canal “Mundo Autista” desde 2015. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Sophia também é formada nos cursos de crítica de cinema “A Arte do Filme” (2018) e “Teoria, Linguagem e Crítica Cinemtográfica” (2021), do professor Pablo Villaça. Assim, em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Já em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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Concordo. Filme bacana. Leve e despretensioso.