Arte e entretenimento

Crítica da Série: O Poder a Lei (1ª Temporada)

A primeira temporada da série “O Poder e a Lei”, disponível na Netflix, é talhada para apreciadores de seriados que envolvem dramas jurídicos. Dessa forma, a produção tem um advogado como protagonista e traz uma estrutura muito familiar na televisão estadunidense desde os anos 1970. Ou seja, é uma série sobre as relações nos tribunais e fora dele, com a galeria de personagens típicas de uma fórmula consagrada. De todo modo, porém, este é um suspense com ótimo elenco e mistérios envolventes.

Drama de tribunal envolve pelas boas interpretações

Quem assume o papel principal é Manuel Garcia-Rulfo. Assim, o ator tem um jeito de bom moço mesmo em um papel de advogado de defesa que não é um mocinho sem falhas. Com isso, a empatia pelo personagem que conduz a história é instantânea. O protagonista é um homem bondoso com histórico de vício que o afastou das atividades profissionais. Porém, após o assassinato de um colega, ele herda os casos dele. Aliás, é neste contexto que entra em cena a juíza responsável pela aprovação da transferência, em uma participação eficiente de Lisa Gay Hamilton, que confere ceticismo ao papel.

Uma vez que a magistrada aprova a transferência, Mickey assume vários casos. Um deles é o julgamento do bilionário Trevor que, vivido por Christopher Gorham, fez fortuna como programador de videogame. Porém, Trevor tem como acusação matar a esposa e o instrutor de yoga após uma traição. Assim, ele não apenas parece culpado como exibe uma personalidade desagradável de quem não quer nem se ajudar e parece ter nos negócios a sua principal preocupação. Então, cabe a Mickey direcionar ao cliente um olhar que vá além do senso comum de desprezá-lo.

Atriz de Pânico é destaque em O Poder e a Lei

Neste processo, há outros personagens importantes. Um exemplo é Lorna, ex-esposa e colega de trabalho de Mickey, vivida por Beckie Newton. Além disso, a icônica Neve Campbell, que fez a protagonista da franquia Pânico entre os filmes de 1996 e 2022, dá vida à primeira esposa de Mickey, por quem ele ainda tem sentimentos. Inclusive, juntos eles tiveram a filha Hayley, uma adolescente interpretada por Krista Warner.

Por falar em Neve Campbell, a atriz engrandece a tela sempre que aparece e sua dinâmica com Mickey é um dos grandes prazeres da obra. Já no caso da outra ex-esposa, o que se vê é uma relação de companheirismo. Tanto que o melhor amigo de Mickey é o noivo da segunda ex-esposa, o detetive particular que Angus Sampson interpreta. E para fechar o elenco principal, Jazz Raycole faz um bom trabalho como a motorista Izzy, que também é uma ex-viciada em recuperação.

Dessa forma, “O Poder e a Lei” é uma série absolutamente tradicional e sem ousadias que se fortalece pelas ótimas interpretações. E mesmo com um ar antiquado, nos deixa com expectativas para a já confirmada segunda temporada.

Avaliação

Avaliação: 3.5 de 5.

Trailer

Trailer da primeira temporada da série O Poder e a Lei, que é um drama jurídico da Netflix

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+.

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