Arte e entretenimento

Crítica: Mulan (2020)

A versão live-action da lenda de Mulan produzida pela Disney em 2020 descarta o estilo bem-humorado e parte do tom encantado recorrente nas obras do estúdio como uma opção de conferir maior verossimilhança e um teor mais adulto à trama. Porém, na prática, a experiência se revela apenas sem graça. Isso porque não há uma identidade própria ou alguma reflexão agregadora que facilite o envolvimento do público, seja no que se refere aos dramas dos personagens às cenas de ação.

Live-action de Mulan propõe abordagem mais séria à história

Assim, Hua Mulan é a espirituosa e determinada filha mais velha de um honrado guerreiro. Então, o Imperador da China emite um decreto que um homem de cada família deve servir no exército imperial. Com isso, Mulan decide tomar o lugar do pai, que está doente. Ou seja, ela assume a identidade de Hua Jun. Dessa forma, se disfarça de homem para combater os invasores que estão atacando sua nação. E, desse modo, prova-se uma grande guerreira.

Filme de Niki Caro não oferece tensão nem alívio cômico

A cineasta Niki Caro opta conferir uma maior aproximação com os universos de heroínas do que de princesas. Assim, a história recebe modificações que, embora visem à pertinência com a época atual, acabam por eliminar toda a densidade, tensão ou emoção que um enredo sobre uma mulher de vanguarda merece evocar. Isso porque a personagem já se apresenta como alguém muito forte, o que elimina todo o tempero que as transformações internas dela poderiam conferir ao roteiro. Além disso, Mulan era um dos filmes mais eficazes da Disney no que se referia ao humor contrabaleceando o drama. Porém, de novo, aqui não temos tensão nem alívio.

Avaliação

Avaliação: 1 de 5.

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

Mundo Autista

Posts Recentes

A música Firework, de Katy Perry, é um hino budista?

Você sabia que a música Firework, de Katy Perry, é um hino budista? Confira a…

3 horas atrás

Crítica: Enfeitiçados (2024)

Enfeitiçados parte de uma premissa inovadora e tematicamente relevante. O filme traz uma metáfora para…

2 dias atrás

Crítica: A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter

Sophia Mendonça resenha o especial de Natal A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter, com esquetes…

2 dias atrás

O autismo na série Geek Girl

O autismo na série Geek Girl, uma adaptação da Netflix para os livros de Holly…

4 dias atrás

Crítica: Os Fantasmas Ainda Se Divertem (2024)

Os Fantasmas Ainda se Divertem funciona bem como uma fan service ancorada na nostalgia relacionada…

4 dias atrás

Crítica: Ainda Estou Aqui (2024)

Ainda Estou Aqui, com Fernanda Torres, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e está…

7 dias atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!