La La Land é repleto de passagens emocionantes, com destaque absoluto para a performance de Emma Stone.. Mas falha em sua tese cenntral.
“La La Land” é um filme tecnicamente primoroso. Essa excelência é visível na solidez do roteiro, no ritmo narrativo bem calibrado (o tempo preciso para os eventos se desenrolarem) e, sobretudo, na deslumbrante direção de fotografia que torna cada cena visualmente arrebatadora.
No entanto, onde o filme realmente brilha é nas atuações. Isso porque a obra é repleta de passagens emocionantes, com destaque absoluto para a performance de Emma Stone. A cena da audição final, em particular, é de uma entrega comovente. Todo o trabalho, dessa forma, justifica plenamente o Oscar que ela recebeu.
Apesar dessas qualidades inegáveis, o filme encontra barreiras em sua própria estrutura. Afinal, para parte do público, a insistência no formato musical pode gerar um certo cansaço ao longo da projeção.
Mais profundamente, a obra falha em sua tese central. Isso porque “La La Land” abraça uma ótica do “artista sofredor” que se revela profundamente angustiante. Assim, o filme insiste na narrativa de que o sucesso no mundo da arte exige um sacrifício desmedido, uma luta constante contra a falta de mercado e a dependência de um raro golpe de sorte. Essa abordagem culmina em um final que, para muitos, deixa a sensação de que o filme “ficou devendo”, uma frustração que não vem do que acontece na relação do casal d e protagonistas, e sim do tom amargo que paira ao final da projeção.
Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Mestranda em Literatura pela UFPel, é também especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG). Além disso, ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Ela também é radialista, tendo trabalhado por 15 anos como produtora e debatedora do programa Rádio Vivo, na Itatiaia. E é autora de livros como “Minha vida de trás pra Frente” (2017), “Camaleônicos” (2019) e “Autismo no Feminino” (2022).
Em 2019, Selma recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Além dele, ganhou Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. E é membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022. Como crítica de cinema, é formada no curso “A Arte do Filme”, do professor Pablo VIllaça. Também é mentora em “Comunicação e Diálogo” para comunicação eficaz e um diálogo construtivo nos Relacionamentos Interpessoais, Sociais, Familiares, Profissionais e Estudantis.
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